Os clubes de futebol russo estão este ano à procura de estágios de inverno, na paragem do campeonato, em países como os Emirados Árabes Unidos ou a Turquia, evitando a União Europeia por causa da guerra na Ucrânia.
Parado desde novembro, então por causa do Mundial2022, disputado no Qatar, de que a Rússia foi afastada ainda na qualificação devido à invasão em solo ucraniano, o campeonato será retomado em março e é liderado pelo Zenit.
O clube de São Petersburgo escolheu precisamente o Qatar para passar as próximas semanas de trabalho, enquanto a maioria dos emblemas aposta nos Emirados Árabes Unidos.
Longe de Espanha, um dos destinos habituais na União Europeia, da Grécia e de outros países, são as paisagens de Abu Dhabi e Dubai a marcar os trabalhos de equipas como o Lokomotiv e o CSKA Moscovo.
Aliás, Abu Dhabi será mesmo palco de um torneio particular de quatro equipas primodivisionárias da Rússia, que opõe o Spartak Moscovo ao Rostov, ao Krasnodar e ao Sochi.
A imprensa russa nota esta mudança de ‘ares’ como mais uma indicação de que o plano da União de Futebol da Rússia (UFR) é o de abandonar a UEFA em favor da Confederação Asiática de Futebol.
Esta decisão, para já adiada no seio da UFR, visa ‘contornar’ a exclusão de competições continentais e internacionais a que tanto a UEFA como a FIFA votaram a federação russa, devido à invasão da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
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