A Inglaterra eliminou os Países Baixos (2-1) e garantiu um lugar na final do Euro 2024. O grande destaque da partida foi o suplente de luxo, Ollie Wtakins, que entrou perto do final dos 90 minutos e ajudou os britânicos a garantir um lugar no jogo decisivo, contra a Espanha, com um golo decisivo.

Este foi um embate entre duas seleções que passaram por uma reformulação profunda nos últimos anos e que reconquistaram um lugar entre a elite do futebol e estão em busca de troféus, após um período de prestações fracas em alguns grandes torneios. No caso inglês, a ausência do Euro 2008 é a maior mancha no percurso recente, enquanto os neerlandeses falharam o Euro 2016 (de boa memória para Portugal) e o Mundial 2018.

O encontro não demorou muito a aquecer, uma vez que desde os minutos iniciais as duas equipas mostraram abertura e predisposição para atacar. Num momento de puro génio, aos sete minutos, Xavi Simons recuperou a bola num desarme sobre Declan Rice (sim, que inversão de papéis curiosa), galgou alguns metros e disparou um remate indefensável para o ângulo superior da baliza de Pickford.

A hostilidades estavam abertas e os ingleses assumiram as despesas da responsabilidade de assumir o controlo do jogo. A pressão deu frutos, uma vez que após uma boa jogada coletiva, a bola sobrou para Harry Kane e Dumfries teve uma entrada perigosa dentro da área que acabou por resultar me penálti, após consulta do videoárbitro.

Na conversão, o próprio atirou para o seu lado esquerdo e empatou a partida, aos 18 minutos, apesar de Verbruggen até se ter atirado para o lado certo.

Felizmente para os adeptos, o empate não acalmou o ritmo e o jogo ganhou uma componente de ataque-resposta, que estava a dar gosto ver. Aos 32 minutos, e já com os Países Baixos encostados às cordas, Phil Foden inventou espaço e rematou num arco perfeito, tendo só sido travado pelo poste, que lhe tirou um dos golos do torneio.

Os minutos iam passando e o ímpeto inicial dos neerlandeses foi-se desvanecendo. A seleção inglesa apoderou-se da bola e ia empurrando o adversário para o seu meio-campo, apesar de denotar algumas dificuldades em furar o bloco defensivo.

O intervalo trouxe algumas alterações, com os dois selecionadores a tentarem desatar o nó em que o jogo ficou amarrado. Koeman lançou Weghorst para o lugar de Malen, optando por ganhar uma referência na área e perder a velocidade vertiginosa do extremo, enquanto Southgate fez uma troca direta, lançando Luke Shaw para o lugar de Trippier na ala esquerda.

Esta troca britânica também serviu para alargar o jogo dos 'Três Leões', respondendo à entrada de Veerman para o meio-campo, para a saída do avançado Memphis Depay, que permitiu aos neerlandeses controlar melhor o centro do terreno.

Talvez fruto do cansaço, o ritmo baixou na segunda parte. As duas equipas sentiram o peso que um golo nesta fase do jogo pudesse ter para o desfecho e ficaram mais cautelosas, privilegiando as trocas de bola mais seguras, em detrimento de um futebol mais ofensivo e de risco.

Aos 80 minutos, surgiu um dos momentos mais quentes da segunda parte, quando numa boa jogada Kyle Walker isolou Bukayo Saka na área e o camisola 7 introduziu mesmo a bola na baliza, mas o golo foi invalidado por fora de jogo.

Meros segundos antes do final da partida, a Inglaterra teve o merecido prémio. Após uma jogada de felicidade inglesa, Cole Palmer fez um passe de morte para Watkins e o avançado, de um ângulo muito complicado, fez um belo remate rasteiro e colocou a Inglaterra na final do Europeu, repetindo a presença de 2021.