Há vários anos que a geração belga é apontada como uma das melhores do mundo mas, teimosamente, continua sem conseguir conquistar títulos. Chegou ao Euro’2020 como número 1 do ranking FIFA, deixou Portugal pelo caminho nos oitavos-de-final, mas caiu na ronda seguinte, diante da Itália.

E se jogadores como os irmãos Hazard, Romelu Lukaku ou Kevin de Bruyne ainda vão a tempo de participar em mais fases finais de Europeus ou Mundiais, já para o “nosso” Vertonghen – um dos dois estrangeiros a atuar na I Liga nacional presentes no Europeu, a par do suíço Haris Seferovic –, esta deverá ter sido a derradeira oportunidade.

Depois dos primeiros tempos como jogador do VK Tielrode e do Germinal Beerschot, Jan Vertonghen mudou-se cedo para a Holanda, para crescer naquela que é por muitos considerada a melhor escola de futebol do mundo, a do Ajax. A época de 2006/07 marca a sua estreia pela equipa principal do emblema de Amesterdão, mas, no mercado de inverno dessa mesma temporada, foi emprestado ao RKC Waalkwijk. Regressou ao Ajax e, em cinco épocas, conquistou duas ligas, duas Taças da Holanda e duas Supertaças.

Além dos títulos, as performances do central, também utilizado como lateral esquerdo, na Liga dos Campeões e na seleção belga suscitaram o interesse de clubes de ligas de maior expressão, com o Tottenham a garantir o passe de Jan Vertonghen por cerca de 12 milhões de euros.

Chegou a Inglaterra em 2012 e, ao longo de oito anos, foi quase sempre um dos jogadores escolhidos para a defesa dos Spurs. Durante a estada no norte de Londres foi orientado por dois treinadores portugueses – André Villas Boas e José Mourinho – e a ligação que tem com Portugal começou a ficar vincada em 2007, quando se estreou pela Bélgica precisamente contra a seleção lusa, numa vitória da equipa então comandada por Luiz Felipe Scolari por 2-1, em Bruxelas, em jogo de qualificação para o Euro’2008.

A longa presença na seleção belga permitiu-lhe somar 131 jogos (9 golos) e deter o recorde de internacionalizações do país, além de ter marcado presença em dois Mundiais, dois Europeus e ainda nos Jogos Olímpicos de 2008.

Em 2020, depois de terminar o contrato que o ligava ao emblema britânico, mudou-se para o Benfica, para acentuar a ligação que tem com o país que escolheu como destino de férias há vários anos.

Depois de uma primeira época na Luz que ficou aquém das expetativas, sobretudo coletivamente, Jan Vertonghen continua a exibir-se a um nível que lhe vai permitir ser ainda muito útil à equipa de Jorge Jesus e, quem sabe, também à sua seleção.

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