O avançado Salvador Agra disse hoje "não descartar um regresso ao futebol português", agora que é um jogador livre após ter rescindido com o Légia de Varsóvia, do principal escalão da Polónia.
"Quero voltar a jogar com regularidade e a fazer grandes campeonatos. Não descarto um regresso ao futebol português, como também não ponho de lado outra experiência no estrangeiro. A mala de um jogador tem de estar sempre pronta", disse o avançado, de 28 anos, à agência Lusa.
O atacante, que chegou a fazer parte dos quadros do Benfica antes rumar ao futebol polaco, reconheceu que a passagem pelo Légia de Varsóvia "não correu como esperado", mas garantiu sai do clube "de consciência tranquila".
"Compraram-me ao Benfica para ser um bom ativo, mas, infelizmente, as coisas não correram como esperava, porque não me deram muitas oportunidades. No início ainda tive o apoio do Sá Pinto, que foi o treinador que me contratou, mas quando ele saiu, passado dois meses, o novo técnico não apostou tanto em mim", desabafou o avançado.
No emblema de Varsóvia, e durante época e meia, Salvador Agra cumpriu apenas nove partidas oficiais, e sem a perspetiva da situação se alterar, o avançado chegou, na quarta-feira, a acordo para a rescisão, quando ainda tinha mais uma época de contrato.
"Foi uma saída sem conflito. O treinador não contava comigo e eu não estava feliz porque apesar de trabalhar bem, não jogava. Chegámos a acordo com facilidade. Podia ter deixado andar, ganhava o dinheiro até ao fim, pois tinha um bom contrato, mas não sou assim. Sinto que ainda tenho muito para mostrar na minha carreira", explicou.
O futuro será a decidido a partir de terça-feira, quando o atacante regressar a Portugal, com a mulher e filho que o acompanharam nesta aventura na Polónia, e acertar as possibilidades para as próximas épocas com o seu empresário.
"As saudades do resto da família e dos amigos dão sempre vontade em prosseguir a carreira em Portugal, mas ainda sou novo e se surgir um bom projeto em Espanha ou noutro país com um campeonato competitivo também vou analisar", vincou o atacante, que já jogou nos espanhóis Bétis, Granada e Cádiz, e nos italianos do Siena.
Em Portugal, e depois de ter feito toda a formação no Varzim, Salvador Agra, que chegou a ser internacional olímpico por Portugal, notabilizou-se ao serviço do Sporting de Braga e Nacional de Madeira, precipitando a sua contratação pelo Benfica, onde acabou por não ter oportunidade de se estrear em partidas oficiais.
"Não ficou mágoa, nem guardo rancor pelo Benfica. Claro que queria ter jogado por esse grande clube português, mas percebo que o treinador tivesse uma ideia diferente, escolhendo outras opções. O futebol é mesmo assim. Aceitei a decisão e segui com a minha vida", partilhou Salvador Agra.
Apesar de garantir um "carinho" por todos os emblemas que já representou, o avançado, natural de Vila do Conde, tem um especial sentimento pelo Varzim, do qual fala como "o clube do coração".
"Foi onde me formei como jogador e como homem. É o clube da minha família, onde cresci e que me deu bases para dar o salto para o resto da carreira. Sempre que posso acompanho, até porque ainda tenho lá muitos amigos", afirmou Salvador Agra.
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