A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) assegurou hoje que irá apoiar os clubes que rejeitem ceder jogadores às seleções além do prazo inicialmente previsto pela FIFA, que alargou o período para a qualificação sul-americana.
"A LPFP será solidária e apoiará as sociedades desportivas que decidam não libertar os jogadores além do período inicialmente fixado pela FIFA, numa posição idêntica à concertada pelas ligas internacionais no seio do World Leagues Forum", lê-se em comunicado.
De acordo com o organismo, "os responsáveis do futebol das sociedades desportivas do futebol profissional e a LPFP decidiram, em conjunto, manifestar de forma veemente o seu repúdio pelo procedimento adotado pela FIFA no alargamento das janelas de setembro e de outubro de libertação de jogadores para as seleções da CONMEBOL [confederação sul-americana]".
A LPFP lembra o "contexto pandémico que o mundo atravessa" para considerar "a decisão unilateral da FIFA de alterar o calendário internacional, além de violadora dos próprios regulamentos, é incompreensível quando os calendários nacionais já foram objeto de um assinalável esforço de conformação às datas internacionais".
"As sociedades desportivas do futebol profissional e a LPFP exortam a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a acompanhá-las neste posicionamento", refere o comunicado.
No documento é referido que "a compreensível vontade dos jogadores de representarem os seus países tem correspondência direta na vontade das sociedades desportivas de prestigiar os seus plantéis com jogadores internacionais".
"Mas o planeamento da época desportiva e de cada um dos jogos das competições nacionais e internacionais dos clubes merece uma ponderação para a correta composição dos interesses competitivos, que esteve ausente neste processo decisório da FIFA", concluiu o comunicado.
As ligas de Inglaterra, França e Espanha, entre outras, já tiveram decisões idênticas à da LPFP.
De forma a permitir que se realizem três jogos da qualificação sul-americana para o Mundial2022 nas paragens de setembro e outubro, a CONMEBOL pediu à FIFA para alargar o prazo de presença de jogadores nas seleções, que passou de nove para 11.
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