O futebol português disse ontem adeus à Europa. Foi um adeus emocionante, cheio de peripécias e com muita polémica.
O Braga ia a Glasgow defender a vantagem trazida da pedreira mas ainda Carvalhal não se tinha sentado, ainda o adepto do Braga não tinha voltado daquela mijinha inicial antes do jogo e já o Braga estava a perder 1 a 0 e com a eliminatória empatada.
Três minutos depois sofre o segundo e já o mais otimista estava a ver uma goleada daquelas das antigas para acontecer e o VAR, bem mais atento que em Portugal vê um ligeiro toque com a mão do jogador do Rangers, anulando assim o golo. Desengane-se quem achar que apartir daqui o Braga passou para uma boa exibição, não passou... a primeira parte foi sofrível, o Braga era um tipo um holograma, via-se mas não se sentia.
O Braga em Glasgow decidiu dar uma primeira parte de avanço ao Rangers, para ver como é que corria. Gestão de esforço, se só correr 45 minutos canso-me menos do que se correr 90 pensaram os jogadores do Braga. Correu mal...
O Abel Ruiz estava mais sozinho na frente de ataque do que o Macaulay Culkin nos filmes do Sozinho em Casa. Para azar dele os centrais do Rangers eram bem mais inteligentes do que os Bandidos Molhados do filme.
Perto do intervalo Tormena achou que a coisa não estava má o suficiente e comete um penalty desnecessário que lhe vale a expulsão e o segundo golo ao Rangers.
Tormena estava com medo de não conseguir chegar a tempo da Páscoa e crucificou a equipa.
Tavernier fez o segundo da sua conta pessoal e é sobre o nome deste jogador que peço agora a vossa reflexão. Ao pronunciar Ta-Ver-Ni-Er não vos dá a ideia de que se trata de um moço que trabalha numa Taverna? Imaginem um dia a passarem por um amigo que emigrou para a Escócia e a perguntarem-lhe: "Então João, ouvi dizer que emigraste, o que fazes?" e o João responde: "É verdade, arranjei trabalho numa taverna, sou Tavernier". Não me lixem, soa bem. Agora imaginem um escocês, emigrar para Portugal e dizer aos amigos que trabalha numa tasca e é Tasqueiro! Lindo!
Ao intervalo Carvalhal agiu, não sei o que fez, se lhes deu a poção do Astérix ou se lhes disse que ou melhorava ou iam o caminho tudo a ouvir Maria Leal mas a verdade é que a equipa do Braga, mesmo com menos um, na segunda parte jogou 10 vezes mais do que na primeira.
Embora jogando mais, o Rangers esteve sempre mais perto do 3º golo do que o Braga do 1º. Sorte do Braga que Roofe estava mais vezes offside do que on fire e David Carmo já perto do final do jogo decide mostrar ao avançado jamaicano como se faz, marcaando o golo do Braga.
Festejou toda a equipa menos Tormena que viu o seu plano de fuga adiado por mais 30 minutos.
Curiosamente o futebol tem destas coisas, há um ano atrás o Braga teria passado numa noite épica, a UEFA mudou as regras e o Braga acaba eliminado. O mais irónico disto tudo é que o golo que elimina o Braga é marcado por um jogador que deveria ter sido expulso logo no início do prolongamento. Demorou 100 minutos mas o Roofe lá ficou on fire.
Para ajudar à festa Iuri Medeiros esqueceu-se de que não está em Portugal e nem aquela máscara lhe dá a moral do Zorro e viu 2 amarelos em 5 segundos. Se não é recorde do Guiness andará lá perto. Deixou a equipa com 9 e por momentos parecíamos estar a reviver o B-Sad - Benfica mas com equipamentos alternados. Tal como no Jamor, a equipa com 9 perdeu.
Para o Braga nem tudo foi mau, pelo menos deu para preparar o jogo com o Porto onde possivelmente terá de jogar em inferioridade numérica boa uma parte do jogo e já que o Rangers estava de azul, até deu jeito.
Na próxima vez que for à Escócia talvez seja melhor tirar o nome Sporting, pois por lá os Sporitng's não se costumam dar bem.
Para o ano há mais, agora vamos todos juntos assistir às decisões europeias alapados no nosso sofá.
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