O rali cumpre hoje a sua nona etapa. Em prova estão quatro portugueses de moto, Sérgio Castro, João Pós de Mina, Alexandre Azinhais e Didier Frederico, pelos quais estamos a "torcer". Sobre eles não há notícias nos meios de comunicação, por isso todos os dias esperamos ansiosos a lista de classificados da etapa a qual inspeccionamos com cuidado para ver se os seus nomes constam nela. Pela demora da publicação dos seus resultados ficamos a saber se a etapa lhes correu bem ou mal mas, seja como for, ficamos contentes quando chegam ao fim. Sinceramente, não nos preocupamos nada com a sua classificação. Apenas queremos ter a certeza de que a terminaram, qualquer que seja o tempo efectuado.
À excepção de Sérgio Castro é a primeira vez para todos os outros pilotos portugueses. A primeira vez é sempre um mundo de descoberta para a qual é necessária adaptação. A novidade torna sempre tudo mais difícil. Há a adaptação ao modo de vida do rali, às características do terreno, à navegação, ao ritmo do dia-a-dia... à constante sensação de cansaço... por vezes às poucas horas de sono. Há o perigo constante das quedas, das lesões, das avarias...
É quase impossível fazer-se um rali tão grande sem que surjam problemas, surpresas desagradáveis... O sucesso deste rali passa também pela capacidade de resolução de problemas. Sei que já os viveram os nossos compatriotas, e que os ultrapassaram... Mas não conhecemos os detalhes. Estão sozinhos, com uma mala e um mecânico... Não há como passar a informação. Temos bem consciência das dificuldades que estão a enfrentar e sabemos que os bons resultados virão com a experiência, talvez de futuras participação se tiverem possibilidade de voltar.
Por isso fazemos votos que se mantenham em prova, que aprendam com a experiência e que a sorte esteja do seu lado para que consigam superar todas as dificuldades para, no dia 14, festejarem junto ao Lago Rosa. Força portugueses! Estamos convosco!
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