O Circuito Internacional de Vila Real, que decorre entre 28 e 30 de junho, celebra os 10 anos do regresso das corridas automóveis à cidade e inclui seis provas, duas delas internacionais dedicadas aos carros históricos.
“Nestes últimos 10 anos, conseguimos provar que o circuito podia regressar e podia manter-se. É verdade que cada ano que passa o cartaz vai mudando, a realidade do automobilismo nacional e internacional também vai mudando, mas fica claro que o Circuito Internacional de Vila Real é uma impressão digital do nosso concelho, da nossa cidade, é uma marca com potencial que deve ser projetada, apoiada e reforçada”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, Rui Santos, presidente da câmara de Vila Real.
O regresso das corridas automóveis ao circuito foi uma promessa eleitoral do socialista Rui Santos, aquando da primeira candidatura à Câmara de Vila Real, em 2013, que foi concretizada em 2014.
O cartaz desportivo do Auditiv Circuito Internacional e Vila Real inclui a realização de seis provas, duas delas internacionais: o Trophée Legende, com carros clássicos da época pré-guerra (II Guerra Mundial) e ainda o Classic Endurance Racing 1 e 2, organizadas pela Peter Auto.
Por sua vez, a Associação Nacional de Pilotos de Automóveis Clássicos (ANPAC) organiza as quatro competições nacionais programadas para a cidade transmontana, como o Campeonatos de Portugal de Velocidade 1300, Clássicos, Legends e Super Legends e quer ultrapassar os 116 pilotos inscritos no ano passado.
“Esta é a nossa prova ‘rainha’, é a prova em que, às vezes, temos dificuldades em conseguir meter todos os pilotos cá. Há sempre uma grande quantidade de pilotos”, afirmou o vice-presidente da ANPAC, José Fafiães, que prevê atingir os 130 pilotos inscritos.
Em 2024, o Campeonato Nacional de Velocidade não passa pelo circuito de Vila Real.
“Temos duas provas internacionais, os melhores espaços tinham que ser entregues a essas provas, estamos a falar de alguns carros que podem valer um milhão a um milhão e meio de euros. Oferecíamos excelentes condições ao Campeonato Nacional de Velocidade, dissemos que estávamos disponíveis para falar, eles seguiram outro caminho. Continuaremos sempre disponíveis para conversar”, afirmou Rui Santos.
O autarca mostrou-se convicto de que o cartaz, apresentado hoje, vai atrair muita gente a Vila Real.
“Mais relevante do que o cartaz propriamente dito é a festa”, sublinhou.
Paralelamente às provas desportivas, Vila Real preparou também um cartaz de animação que inclui os concertos de “Os Quatro e Meia” e os “Quinta do Bill”.
O autarca disse não ter qualquer dúvida de que o evento mexe com a economia local.
“Basta ver que a nossa capacidade hoteleira fica lotada, a nossa restauração fica lotada. […] Estamos convencidos de que vale a pena fazer o Circuito Internacional de Vila Real”, justificou.
Rui Santos realçou ainda que é preciso assegurar que “ele não volte a terminar” e garantir a “sua sustentabilidade, não fazendo loucuras e tendo os pés bem assentes na terra”.
O circuito realiza-se nas ruas da cidade e, neste momento, decorrem os trabalhos de montagem das guardas metálicas de segurança.
Jorge Almeida, do Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), referiu que durante os três dias de competição, dentro da pista, são cerca de 400 as pessoas envolvidas na organização e segurança do circuito.
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