
O britânico Robert Reid demitiu-se hoje da vice-presidência da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em protesto com a forma como aquele organismo é gerido.
“As decisões cruciais são tomadas sem procedimentos regulamentares nem um processo de consulta apropriado”, denuncia o britânico, antigo navegador de ralis, campeão em 2001 ao lado de Richard Burns.
Num texto publicado na rede social X, Robert Reid admite ter sentido “uma erosão constante dos princípios” que diz ter “prometido defender”, enquanto vice-presidente para o desporto com o saudita Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA desde 2021.
“As decisões são tomadas à porta fechada, contornando as estruturas e as pessoas que a FIA tem por missão defender”, sublinhou Robert Reid.
No seu comunicado de demissão, Reid diz ter “assumido este papel para ajudar a trazer maior transparência, uma governação mais forte e uma liderança mais colaborativa”, frisou.
No entanto, acrescenta que “com o passar do tempo, esses princípios foram sendo postos de lado”.
“Por isso, em boa verdade não posso continuar a fazer parte de um sistema que já não reflete [esses valores]”, sublinhou.
A FIA reagiu numa breve nota, agradecendo “o contributo para o desenvolvimento do desporto automóvel”.
O organismo que rege o desporto automóvel também frisou que “a FIA dispõe de políticas de governança especialmente rigorosas que guiam as nossas operações e garantem o respeito pelas regras, práticas e processos”.
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