São Pedro do Sul recebe em fevereiro a primeira edição do Termas Motorfest que prevê ter cerca de 60 equipas nas provas motorizadas e já conta com três pilotos internacionais, anunciou hoje a organização.
“Já temos a inscrição de um piloto da Suíça para a prova do rali cidade e temos duas equipas, uma brasileira e outra britânica, para a prova de regularidades e esperamos acolher cerca de 60 equipas para as provas”, disse o responsável pela comunicação do Termas Motorfest.
Ricardo Araújo explicou que esta primeira edição, promovida pela Promo Lafões e com o apoio da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, das Termas e do Turismo de Portugal, tem por objetivo “chegar à internacionalização também do público”.
“Queremos, a curto médio/prazo, internacionalizar o evento e, para isso, esta primeira edição terá de correr muito bem. É um projeto que está a ser trabalhado há quatro anos e esta é a melhor altura para o realizar, já que é a época baixa nas termas de São Pedro do Sul”, explicou.
Com isto, continuou, “prevê-se atrair público para dinamizar os agentes turísticos e económicos” e “a previsão é que o festival tenha um impacto significativo no município e na região, já que já há reservas nos hotéis da zona para esse fim de semana”.
O festival começa na sexta-feira, 11 de fevereiro, e termina no domingo, e, durante o fim de semana estão previstos 62 quilómetros do Rali Cidade Termal, que conta com seis classificativas, uma superespecial citadina e uma prova de regularidade histórica.
“As provas, apesar de serem federadas, é considerada prova extra uma vez que não conta para nenhum campeonato”, afirmou Ricardo Araújo na apresentação que contou com o piloto Armindo Araújo.
Para domingo, anunciou, está agendado um passeio turístico pelas “Montanhas Mágicas”, num total de 56 quilómetros e onde “poderá participar todo o tipo de automóvel de estrada, independentemente do ano ou marca”.
“Este é um festival diferenciador no país, porque não se trata só do desporto e cultura automóvel, há experiências gastronómicas, culturais e termais que toda a família pode usufruir e que não tem de atrair só os amantes motorizados”, justificou.
Com o foco na “experiência”, o Termas Motorfestival quer “provocar experiências motorizadas, termais de saúde e bem-estar, de natureza, com os passeios pelas aldeias e serras da região e gastronómicas, com as refeições só com produtos endógenos”.
As provas acontecem no município de São Pedro do Sul e nos concelhos vizinhos de Lafões, no distrito de Viseu, estendendo-se também “à região, nomeadamente a Sever do Vouga e Arouca, que já pertencem ao distrito de Aveiro, porque a ideia é ser um festival para toda a região”.
O epicentro é nas Termas de São Pedro do Sul, onde decorrem atividades “para toda a família, de âmbito desportivo, cultural gastronómico, ambiental e até mais infantil com sessões de prevenção rodoviária, apresentações de produtos de beleza de criação de moda e joalharia, tudo de gente local, e uma gala”.
O vice-presidente da Câmara de São Pedro do Sul considerou que “este é o momento oportuno” para acontecer este festival, “por variadíssimas razões” entre as quais, destacou, “o momento pandémico, porque marca uma viragem no tempo e uma nova oportunidade”.
“É o fim de semana do Dia dos Namorados, e este é um conceito diferente. E que não seja só para 2022 e que venha para longos anos e que seja o primeiro de uma aposta que o município quer fazer numa marca diferente que se alie entre o desporto e a natureza”, acrescentou Pedro Mouro.
O diretor das Termas de São Pedro do Sul e presidente das Termas de Portugal, Vítor Leal, considerou que “as termas dão o mote, porque atrai muito público, um público novo que vai ter experiências termais e que, certamente, vai voltar mais vezes” às termas.
O vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) Jorge Loureiro assumiu que “pensava que era mais uma prova” de rali, mas ao chegar às termas para a apresentação percebeu que “é uma prova diferenciadora”.
“O automóvel, por si só, é de facto um elemento aglutinador de muitas emoções e de muita capacidade para transportar para experiências e este evento é isso mesmo. A primeira edição é sempre a mais difícil, que nos obriga a um conjunto de critérios de muito rigor para que futuras edições aconteçam”, defendeu.
Neste sentido, Jorge Loureiro disse que “só faz sentido a realização deste festival se houver continuidade e por isso esta primeira edição tem de obrigatoriamente correr bem” e defendeu que “a melhor forma de promover territórios, experiências e economia, é através de eventos”.
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