O piloto Rui Gonçalves (Sherco) foi o terceiro português a abandonar a 45.ª edição do rali Dakar em todo-o-terreno, depois de o motor da sua mota ter cedido na sexta etapa, disputada hoje entre Hail e Riade.
“A seguir à zona de reabastecimento, por volta do quilómetro 215, a mota acabou por parar e, depois de todas as tentativas, tornou-se óbvio que a minha prova iria ficar por ali e que não iria conseguir retomar a corrida”, explicou o piloto de Vidago, em comunicado.
Rui Gonçalves admitiu ser “muito difícil explicar” o que sente neste momento “depois de um ano de trabalho”.
“Estava confiante que iria conseguir fazer um bom resultado, mas foi de todo impossível alcançar esse objetivo este ano”, lamentou.
O piloto da Sherco foi o terceiro português a abandonar a competição das duas rodas, depois de Joaquim Rodrigues Jr. (perna partida) e António Maio (motor partido).
O dia começou com aquela que deveria ser a mais longa especial cronometrada encurtada em cerca de 100 quilómetros devido às chuvas que têm caído naquela zona da Arábia Saudita, que, pelo quarto ano consecutivo, acolhe a prova, ficando reduzida a 357 quilómetros cronometrados.
Nas motas, o argentino Luciano Benavides (Husqvarna) foi o mais rápido, gastando menos 56 segundos do que o companheiro de equipa, o norte-americano Skyler Howes (Husqvarna), que foi segundo, e 2.20 minutos do que o australiano Toby Price (KTM), que foi terceiro.
O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero) foi 16.º, a 10.33 minutos.
Benavides tornou-se, assim, no sétimo vencedor diferente em sete dias de prova já disputados (incluindo o prólogo).
Na geral, Skyler Howes tem, agora, 3.31 minutos de vantagem sobre Toby Price e 7.01 sobre o argentino Kevin Benavides (KTM), que é terceiro.
A sétima etapa, que se deveria disputar no sábado, foi cancelada para as motas, devido ao cansaço acumulado pelos pilotos, que têm enfrentado mau tempo e terreno mais pesado.
As motas e os quads retomam a competição no domingo, depois de no sábado fazerem 333 quilómetros de ligação entre Riade e Al Dawadimi.
Comentários