O piloto português Miguel Oliveira (Aprilia) lamentou o desfecho da corrida de hoje no Grande Prémio do Qatar de MotoGP, prova de abertura do Mundial, que terminou na 15.ª posição.
“Levámos uma bela lição, hoje. Não tivemos mota competitiva para muito mais. A sair daquela posição, sabia que ia sofrer um bocadinho com a ‘long lap penalty’”, começou por explicar o piloto luso, em declarações à SportTV.
Na altura em que teve de cumprir a penalização de uma volta mais longa, Miguel Oliveira estava “num grupo compacto a lutar pelo ‘top 10’”.
“Reentrei na pista em 19.º. Houve ali um período de sete voltas em que tentei ao máximo poupar o pneu para o final. Havia muito pouco a fazer, não estava suficientemente perto para ultrapassar mais pilotos e acabei em 15.º”, frisou.
Por isso, admite não ter saído satisfeito. “A mota comporta-se de maneira mais aceitável numa volta rápida, mas com mais voltas estamos ainda bastante longe”, explicou.
O piloto português, de 29 anos, considera que é uma questão de tempo até conseguir melhorar as afinações da sua Aprilia da equipa Trackhouse.
“Vamos lá chegar, mas vai demorar um bocadinho de tempo. A Aprilia tem pessoas bastante competentes para trabalhar nisso. Não sei em que ordem de prioridades a nossa equipa se pode colocar aí. Também nos estamos a tornar independentes e a ter as nossas filosofias e afinações”, disse ainda.
Agora, segue-se o GP de Portugal, de 22 a 24 de março.
“Voltamos a uma pista onde no ano passado correu bem. Temos essa base e vamos começar com ela. A partir daí, é perceber que tipo de limitações teremos de trabalhar. O Qatar prometia-me muito, mas a realidade foi outra”, lamentou.
Miguel Oliveira referiu, ainda, que “a mota de 2023 era bastante boa” pelo que “havia a expectativa para a de 2024”.
“Mas, por algum motivo, ainda não encaixámos no potencial da mota. Quero acreditar que será uma questão de tempo. Acho que a experiência que vamos ter com o acumular de corridas nos vai ajudar”, garantiu.
Para já, acredita que será o piloto a fazer a diferença na prova algarvia.
“Em Portimão, sou sempre bastante competitivo. Mesmo se a mota não estiver perfeita, acredito que posso fazer a diferença. Mas preciso que me ajude um pouco. É um circuito físico, difícil e muito técnico”, concluiu.
O GP do Qatar foi a prova de abertura do Mundial de velocidade. O italiano Francesco Bagnaia (Ducati), bicampeão em título, foi o vencedor da corrida principal, disputada este domingo, depois de o espanhol Jorge Martín (Ducati) ter ganho a corrida sprint de sábado.
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