Francisco Mora sagrou-se vencedor, este sábado, da primeira corrida da quarta jornada da Porsche Sprint Challenge Ibérica, no Autódromo do Estoril, ao bater Manuel Alves por uma diferença de 0.237s, no final de uma disputa bastante animada e que teve Vasco Barros como terceiro classificado, depois de Pedro Salvador ter desistido na sequência de um toque, e quando era líder.
O incidente foi analisado pelos comissários desportivos que decidiram suspender a classificação final até este domingo.
"Se isto não é um toque… Basta ver as imagens", queixava-se Pedro Salvador, atribuindo responsabilidades a Francisco Mora, que apesar de ter ganho não se confessava satisfeito pelo sucedido na sétima volta.
"Sinceramente, acho que não tive culpa, muito menos qualquer intenção de prejudicar o Pedro. Eu já estava lado a lado, ele atravessou-se a acelerar e veio para cima de mim. Eu não ia levantar o pé, dada a posição em que me encontrava. Tenho muito respeito pelo Pedro e esta é uma situação desagradável. Admito que ele não me viu nem contava que eu estivesse lá. Lamento o acidente, mas vamos aguardar a decisão dos comissários…", referia Mora.
Pedro Salvador assumiu o comando da corrida logo no arranque, secundado por Francisco Mora e Manuel Alves, trio que se destacou até acontecer o referido incidente entre a curva 3 e a VIP. Alves estava satisfeito com o segundo final, mas ambicionava mais.
"Fui pouco feliz com as bandeiras azuis nas dobragens, embora reconheça que o Mora é muito experiente. Mesmo assim, tentei tudo no final para superá-lo. Amanhã há mais e hoje foi excelente o resultado de conjunto da LOB Motorsport…", adiantava o jovem piloto da Trofa.
Vasco Barros regressou aos pódios, depois de ter feito um bom arranque e colocar-se junto do trio da dianteira. "Estranhei o facto de não ter entrado o Safety Car a seguir ao acidente entre o Mora e o Salvador… Imprimi o meu ritmo e, finalmente, acabei uma corrida, o que juntando à conquista do pódio foi ótimo para começar o fim de semana", declarou o piloto da LOB Motorsport.
José Barros, autor da “pole” na categoria AM, dominou de princípio ao fim, para assegurar um precioso triunfo, confessando, no final: "Embora possa parecer que não, esta vitória foi muito difícil numa corrida cheia de peripécias, ao ponto de mudarmos de estratégia por três vezes. E até poderia ter perdido, mas foi ótimo ter ganho face a uma concorrência muito forte."
Ian Barrett, o segundo classificado, teve um excelente desempenho, conseguindo levar a melhor sobre um sempre aguerrido Ricardo Costa, e Leandro Martins, que chegou a andar no fundo do pelotão, também brilhou a grande altura, o que lhe valeu a conquista do último lugar do pódio naquela categoria.
Super disputada foi, também, a corrida da categoria GD, que coroou Aloísio Monteiro, mas apenas na última volta, quando superou Rui Miritta.
"Foi excelente a luta entre nós os três, sempre com muito respeito. Primeiro, andei a discutir com o Miguel Caetano, mas fizemos ambos um ‘pião’ e o Miritta subiu ao primeiro lugar. Ele defendeu-se muito bem, tenho que lhe dar os parabéns, mas consegui ultrapassá-lo no ‘photo finish’ e somar uma vitória importantíssima, face à ausência do meu principal adversário [Chris Hillaby]", declarou o 'patrão' e piloto da The Racing Factory.
Rui Miritta, que levou mais uma vez o seu Porsche 991.1 a bater-se com os 991.2, obteve um segundo lugar que soube a vitória. "Muito boa a nossa luta. Só lamento que me tivesse faltado a gasolina na última volta, mas já foi ótimo subir ao pódio", sublinhava o piloto de Valongo.
Quem tinha motivos para estar menos satisfeito era Miguel Caetano, que liderou a GD durante uma boa parte da corrida. "Começámos bem, com a conquista da ‘pole’, depois com o ‘full course yellow’ os adversários aproximaram-se e acabei por ser ultrapassado pelo Aloísio. À saída da Parabólica, na luta com ele, ainda fiz um ‘pião’, mas evitei bater nos rails. Enfim, o objetivo era ganhar em casa, mas valeu pelo pódio, pela diversão e por ter chegado ao fim com o carro direito…", comentou Caetano.
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