Marc Márquez vai deixar a Honda no final desta época de MotoGP. O espanhol, seis vezes campeão do mundo de MotoGP,  tinha contrato com a marca japonesa até ao final de 2024, mas antecipou a sua saída, anunciou hoje a equipa japonesa.

Na base da saída poderá estar a insatisfação de Márquez com a falta de performance da mota da marca nipónica.

A saída do espanhol irá levar a uma corrida ao seu lugar na gigante japonesa. De acordo com a revista alemã 'Speedweek', vários pilotos já terão sido contactados pela Honda para saber da sua disponibilidade para ocupar a vaga de Marc Márquez.

Diz a mesma revista que um agente de pilotos confidenciou no Japão que todos os pilotos do paddock terão sido contactados, "até mesmo Miguel Oliveira, que tem contrato com a Aprilia até 2024".

Esta abordagem da Honda viola o código entre equipas, de não se abordar um piloto sob contrato. Por norma, as abordagens e negociações acontecem apenas na pausa de verão, sempre que um piloto entra no seu último ano de ligação com uma equipa. Para a revista, esta abordagem da Honda é um "movimento desesperado" de quem quer antecipar-se à concorrência.

No entanto, garante a mesma fonte, a prioridade é garantir Pedro Acosta, piloto da KTM. O jovem espanhol não tem espaço para subir ao MotoGP, algo que a Honda quer aproveitar para o convencer a ingressar na equipa. A formação austríaca deverá responder com a promoção do jovem piloto à equipa já na próxima época.

O futuro de Marc Márquez parece estar a afetar o de Miguel Oliveira. É que antes destas informações da revista alemã 'Speedweek', o repórter espanhol Ricard Jové, da DAZN, tinha avançado que Maverick Viñales, atual piloto da equipa de fábrica da Aprilia, seria a escolha para ocupar o lugar de Marc Márquez na Honda.

Ora essa mudança de Viñales poderia levar a promoção de Miguel Oliveira, que assim ocuparia a sua posição na equipa de fábrica da Aprilia. O português está neste momento na CryptoDATA RNF, a equipa satélite da marca italiana.

Ricard Jové adiantou ainda que Marc Márquez poderá ingressar na Gresini Ducati, o que, como referiu o jornalista espanhol, poderia efetivamente provocar um efeito dominó incrível.

O francês Fabio Quartararo, com contrato com a Yamaha também até 2024, é outro nome apontado à Honda para o lugar de Marc Márquez.

A saída de Márquez encerra uma ligação de quase 11 anos entre o piloto espanhol, de 30 anos, e a Honda, que resultou na conquista de seis títulos da categoria 'rainha' e um total de 59 vitórias em corridas, 101 pódios e a obtenção de 64 ‘pole positions’.

“Obrigado por esta fantástica viagem. 11 anos juntos. Partilhámos momentos inesquecíveis. Risos, choros, alegrias, alguns duros, mas o mais importante: uma ligação única e irrepetível. Separados, mas sempre juntos”, escreveu o piloto, nas redes sociais.

O primeiro triunfo de Marc Márquez em MotoGP foi alcançado nos Estados Unidos, em 2013, ano em que conquistou o primeiro título mundial – tornando-se o piloto mais jovem a fazê-lo -, que reeditou em 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019.