A organização do 70.º Grande Prémio de Macau, que arranca em 11 de novembro, prometeu hoje a participação de “jovens estrelas do mundo” e de “gigantes do desporto automóvel”, num evento marcado pelo regresso das provas internacionais.

Numa conferência de imprensa em que o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Bem Sulayem, salientou numa mensagem vídeo a importância do acordo para o regresso a Macau das Taças do Mundo de Fórmula 3 e GT da FIA nos próximos três ano, a organização sublinhou também que, após os constrangimentos devido à pandemia de covid-19, o território “volta uma vez mais a centrar a atenção do mundo, reforçando a sua imagem e reputação internacional”.

Nesta edição do Grande Prémio de Macau, que vai custar 260 milhões de patacas (30,5 milhões de euros) e realizar-se em seis dias, em vez dos habituais quatro, as primeiras corridas estão marcadas para 11 e 12 de novembro, com as restantes agendadas de 16 a 19 de novembro.

Para a corrida da Fórmula 3 há a registar “uma lista de inscritos com jovens estrelas do mundo das categorias juniores do automobilismo”. Richard Verschoor, dos Países Baixos, vencedor da corrida em 2019, regressa à categoria vindo do campeonato de F2, para defender o título.

Para além de ser realçado o regresso de Dan Tictum, que se pode tornar no único triplo vencedor na história desta corrida, há outros que regressam à F3 oriundos da F2, e que importa destacar, segundo a organização: “o promissor piloto checo Roman Stanek” e os pilotos da Red Bull Júnior Team, Zane Maloney e Isack Hadjar.

Na Taça GT há um outro sublinhado para o grupo de pilotos que procuram a sua primeira vitória em Macau. Jules Gounon, que venceu as últimas três 12 Horas de Bathurst, atual vencedor das 24 Horas de Daytona e bicampeão das 24 Horas de Spa.

Mas há mais: o ex-campeão do DTM Sheldon van der Linde, pela BMW, Kevin Ester e Thomas Preining, pela Porsche, e o brasileiro Daniel Serra a tentar dar a primeira vitória da Ferrari na Taça do Mundo de GT da FIA este ano. Contudo, estes terão de se bater com antigos vencedores da corrida: Laurens Vanthoor, Augusto Farfus e Raffaele Marciello, Maro Engel e Eduardo Mortara.

Uma palavra ainda para a participação na Taça de carros de Turismo de Macau de dois pilotos locais: o vencedor em 2000 do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, André Couto, num Honda, e o vencedor da Corrida da Guia Macau do ano passado, Filipe Sousa, num Audi.

As duas corridas da FIA terão lugar de 16 a 19 de novembro, com o formato a incluir duas sessões de treinos livres de 40 minutos e duas sessões de qualificação para a Fórmula 3, bem como duas sessões de treinos de 30 minutos seguidas de uma única qualificação com a mesma duração para os carros GT.

As corridas terão 10 e 15 voltas para a F3 e 12 e 16 para os carros GT. O vencedor do Grande Prémio de Macau será designado também como o vencedor da Taça do Mundo de F3.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, o Grande Prémio é o maior evento desportivo de Macau, sendo considerada uma das provas automobilísticas mais perigosas do mundo, uma vez que, em alguns pontos, o circuito não vai além dos sete metros de largura.

São cinco as corridas programadas para 11 e 12 de novembro: Macau Asia Fórmula 4, Taça GT – Corrida da Grande Baía, TCR Asia Challenge, Macau Roadsport Challenge e uma outra que se encontra ainda em processo de negociação.

De 16 a 19 de novembro vão realizar-se seis corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 da FIA, Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, Corrida da Guia Macau – TCR World Tour Final, Grande Prémio de Motos de Macau – 55.ª Edição, Taça de Carros de Turismo de Macau e Desafio do 70.º Aniversário de Macau.

Cada uma das seis operadoras de casinos em Macau concedeu um patrocínio de 20 milhões de patacas (2,34 milhões de euros).