Austrália e China já receberam a nova temporada de Fórmula 1 nos dois primeiros Grande Prémios do calendário. Em duas corridas, já existiram surpresas, diferentes pódios e vencedores, bem como várias dúvidas em relação ao desempenho de várias equipas.

Em jeito de balanço sobre o começo da época, há equipas que apresentaram alguma instabilidade, o que leva a que seja difícil perceber em que ponto de evolução estão alguns monolugares. Contudo, não é o caso da McLaren que dominou as pistas.

A 'laranja mecânica' tem dado continuidade ao excelente final da última época e apresentou-se como a construtora mais forte. Desta feita, Lando Norris venceu na Austrália, Oscar Piastri na China e a McLaren vai à frente no campeonato com 78 pontos conquistados. O domínio é quase absoluto e nenhuma das equipas consegue estar ao nível.

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A Mercedes segue em segundo com 57 pontos. A equipa alemã tem sido equilibrada nos resultados obtidos em qualificação e em corrida, apresentando um carro rápido e competitivo. Os pilotos estiveram bem com George Russell a subir  ao terceiro lugar do pódio nas duas provas, enquanto Andrea Kimi Antonelli tem sido o melhor rookie com uma quarta e sexta posições alcançadas.

Da parte da Red Bull, os dados não são animadores e as críticas aos monolugares multiplicam-se, até por parte de Max Verstappen. O carro tem pouca velocidade de ponta e é lento com mais combustível. Ou seja, nas qualificações e no final das corridas é possível obter melhores resultados com o carro mais leve. O piloto neerlandês vai fazendo milagres, ao passo que Liam Lawson ainda não somou qualquer ponto.

Em virtude disso, há quem diga que no próximo Grande Prémio, no Japão, vai haver uma troca de pilotos entre a Red Bull e Racing Bulls (equipa satélite). A fraca prestação de Liam Lawson terá feito com que a equipa austríaca tenha percebido que a aposta foi errada, levando a que Yuki Tsunoda seja encarado como o piloto mais seguro para fazer companhia a Verstappen.

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A grande dúvida desta temporada é a Ferrari porque, apesar de o carro parecer ter condições para lutar pelo pódio, a verdade é que as duas provas não foram as mais sorridentes para os tifosi. Com exceção da vitória na corrida sprint de Lewis Hamilton, que deu esperanças de uma possível afirmação, a equipa italiana voltou a vacilar e a falhar, principalmente na China. A desqualificação dos dois pilotos foi penosa para a Ferrari, que só se pode queixar dela própria pelos apenas 17 pontos conquistados.

Por outro lado, a Williams tem sido uma surpresa, principalmente pelas exibições de Alexander Albon. O tailandês conseguiu 16 dos 17 pontos totais da construtora, tendo sido bem mais eficaz do que o colega de equipa: Carlos Sainz. O 'smooth operator' tem desiludido com um fraco rendimento, possivelmente pela falta de adaptação ao novo carro, e isso resultou num fim de corrida antecipado na Austrália e um ponto na China, graças à desqualificação dos Ferrari. A expectativas para a Williams estão a ser correspondidas e espera-se ainda mais até ao fim da época.

De resto, há pouca história a contar com alguns pilotos a serem melhores do que outros e a fazerem o resultados satisfatórios com carros pouco competitivos. Por essa razão, as equipas ditas 'pequenas' estão equilibradas e, dependendo do local de corrida, podem existir mudanças nos lugares pontuáveis. Este facto pode também ser justificado com a existência de vários rookies em várias equipas, que ainda apresentam algumas falhas de principiante e alguma falta de segurança num carro de Fórmula 1. Essa rotatividade revela-se no campeonato de construtores, onde só a Alpine é que ainda não somou qualquer ponto. Desta feita, a competitividade para ser uma palavra de ordem, com a animação também a fazer-se no fim da tabela e não apenas no topo.