O voleibolista Miguel Maia, que completou na sexta-feira 50 anos, vai jogar na Académica de Espinho, que hoje oficializou um regresso do atleta que esteve nos únicos títulos do clube no final dos anos 1980.

“Bem-vindo Miguel Maia. O maior dos maiores do voleibol regressa a casa. Juntos, somos a Académica de Espinho”, pode ler-se numa publicação na rede social Facebook.

O jogador já tinha saído do Sporting, que representava desde 2017 e por quem defrontou o novo clube esta época, e depois de ter sido adversário, será companheiro de equipa do filho, Guilherme, de 18 anos.

Os dois distribuidores vão coincidir no plantel da equipa onde o mais velho também começou a dar os primeiros toques.

Miguel Maia regressa à Académica de Espinho, onde começou em 1977 e em que conquistou os primeiros títulos de uma carreira recheada: da segunda divisão, em 1987/88, e da primeira, em 1989/90, os únicos do clube.

À Lusa, Maia explicou, na sexta-feira, que pretende continuar a jogar enquanto a vontade e o físico assim o permitirem.

“Sinto uma profunda satisfação, porque continuo a fazer o que gosto. É uma paixão que vem desde os seis anos e nasceu numa cidade que respira voleibol [Espinho], com dois clubes que são baluartes da modalidade”, disse em entrevista à agência Lusa.

o voleibolista mais velho a competir a nível mundial começou na Académica, e a família “esteve sempre ligada ao clube”, com o pai, Luís, na direção, além do filho.

Miguel Maia conquistou 16 campeonatos nacionais da primeira divisão, 10 Taças de Portugal, seis Supertaças e uma taça europeia com o Sporting de Espinho (Top Teams Cup), ao que soma oito títulos no voleibol de praia e a presença em 162 etapas do Circuito Mundial.

Pontos altos na carreira tem muitos, como erguer a Top Teams Cup pelo Sporting de Espinho, em 2000/01, mas também soma outros momentos agridoces como os dois quartos lugares no voleibol de praia dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e Sydney, em 2000.