Portugal pretende atingir as meias-finais da Volleybal Challenger Cup, a disputar entre quarta-feira e domingo em Matosinhos, e logo no primeiro dia defronta a Estónia, que acabou de ganhar a final da Golden League, realizada na República Checa.

"Tempos consciência de que o nível desta prova é muito alto, mas jogando ao nosso melhor nível temos condições para lutar contra estas equipas", disse hoje à agência Lusa o treinador da seleção portuguesa masculina, Hugo Silva, à margem da apresentação da Volleybal Challenger Cup, em Matosinhos.

A prova, na qual Portugal participa por ser o país anfitrião, terá lugar no Centro de Desportos e de Congressos de Matosinhos, e divide-se em dois grupos, com a seleção nacional no A, juntamente com a Estónia e o Cazaquistão.

O Grupo B conta com Chile, Cuba e República Checa.

"Sabemos que vai ser difícil, mas temos a necessidade e a obrigação de, sendo este torneio realizado em nossa casa, deixar a melhor imagem possível. O primeiro grande objetivo é chegar às meias-finais e depois fazer um bom jogo", salientou Hugo Silva.

Os dois primeiros classificados de cada grupo apuram-se para as meias-finais e Portugal parte para esta prova com os mesmos jogadores que disputaram a fase final da Golden League, sabendo que o vencedor da Volleybal Challenger Cup garante entrada direta na próxima edição na Liga das Nações, a competição que sucedeu à Liga Mundial.

O favorito, para o técnico nacional, é a Estónia, que bateu Portugal na recente final da Golden League, por 3-0 (26-24, 26-24 e 25-18), justificando que "ganhou a Liga Europeia, a Liga Mundial e tem uma equipa rotinada e, sobretudo, muito experiente".

Hugo Silva, contudo, destacou que o "alvo principal" de Portugal é chegar à fase final do campeonato Europeu de 2019, o que terá de passar por um apuramento com início em agosto frente à Croácia, Áustria e Albânia.

A apresentação da Volleybal Challenger Cup contou com dois representantes de cada seleção participante, um treinador e um jogador, e o jogador Miguel Tavares Rodrigues foi um dos representantes portugueses, juntamente com Hugo Silva.

Numa curta declaração, Miguel Tavares Rodrigues afirmou que Portugal tem o "orgulho ferido" pelo desaire sofrido na Golden League diante da Estónia e quer agora "tentar corrigir isso nos primeiros dois jogos do grupo e atingir as meias-finais".

Os porta-vozes das outras seleções participantes na Volleybal Challenger Cup, em geral, foram unânimes quanto ao seu objetivo para este torneio: atingir a final.

A Estónia quer "mostrar um bom nível" e o Chile, cujo treinador, Daniel Nejamkinm, frisou ser "a primeira vez que o país disputa uma prova tão importante" do calendário internacional, e fala em sonho de "fazer os quatro jogos previstos".

Cuba traz uma equipa muito jovem, mas "muito bem preparada", segundo o seu técnico, Ernesto Vives Coffigny, enquanto o Cazaquistão tem "grandes expectativas" e a República Checa aponta como objetivo "atingir a final".