A seleção portuguesa de voleibol feminino perdeu hoje por 3-0 com a Ucrânia, em Tábor, na República Checa, e comprometeu frente às líderes do Grupo C o apuramento para a fase final do campeonato da Europa de 2023.
A Ucrânia venceu pelos parciais 25-17, 25-21 e 25-8 e reforçou a sua condição de líder invicta, com oito pontos, à frente da Hungria, com sete, que venceu por 3-0 o Chipre, e de Portugal, com três, e que assim ficou mais longe da qualificação.
A oposta ucraniana Olesia Rykhliuk, com 25 pontos, cotou-se como a melhor pontuadora do jogo, enquanto Júlia Kavalenka, com 10, e Bárbara Gomes, com 8 pontos, foram as portuguesas mais concretizadoras.
“Não tenho como ficar aborrecido com estas jogadoras. Deram tudo que sabem e lutaram por Portugal e pelo melhor para a nossa modalidade. Contudo, ainda não é para o nosso nível de jogo, pois equipas como a Hungria e a Ucrânia estão uns furos acima de nós em termos competitivos”, afirmou o selecionador Hugo Silva.
O técnico reconheceu que “o lado bom desta fase de qualificação é ver muita vontade de crescer por parte de todas e principalmente sentir que a distância para estas equipas encurtou e vai ainda encurtar mais”.
“Nada pode mudar aquilo que é uma aposta clara no voleibol feminino por parte dos nossos responsáveis, até porque o caminho, mesmo sendo longo e duro, tem tudo para chegar a um patamar de excelência. Agora, devem continuar todas focadas no trabalho e procurar manter este crescimento nos jogos que faltam desta qualificação, que já fica definida a partir de hoje”, adiantou.
A derrota frente à Ucrânia, depois de ter perdido com a Hungria, deixa a seleção portuguesa mais longe de poder assegurar a presença no Europeu de 2023, ao alcance dos dois primeiros classificados de cada um dos grupos de apuramento.
“Entrámos bem no jogo, criando dificuldade à receção adversária e obrigando a jogar de bola alta, o que nos permitiu criar uma vantagem de quatro pontos. A Ucrânia estabilizou o seu jogo e a partir daí estivemos quase sempre atrás no marcador. Oscilámos nos vários aspetos técnicos do jogo, o que deixou a Ucrânia confortável”, disse Joana Resende.
A capitã da seleção portuguesa adiantou ainda que “não é esta a imagem que o grupo quer deixar”, pois “não reflete o valor da seleção e o trabalho que tem sido feito ao longo dos últimos meses” e prometeu “lutar até ao fim” pela camisola das quinas.
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