
Belenenses ou Cascais. Um destes emblemas será campeão nacional de râguebi na temporada 2024-2025.
Esta é a certeza com que ambas as equipas sobem este sábado (18h00) ao relvado sintético do Campo da Guia, em Cascais, para o duelo que coloca frente a frente a equipa da Linha e os azuis do Restelo.
Igualados no topo da classificação com 32 pontos, mais 14 pontos que o 3.º classificado (Direito), a entrega da placa de madeira pode ficar (quase) decidida na 10.ª e penúltima jornada do campeonato nacional Divisão de Honra Top 12, fase de apuramento de campeão.
Apesar do caráter (quase) decisivo da partida na Guia, recorde-se que está ainda por disputar a jornada 6.ª (os cascalenses deslocam-se ao terreno do CDUL e a equipa de Belém recebe o Direito), adiada de 3 de maio para 6 de junho devido à participação da seleção nacional de sevens no torneio de apuramento para o circuito mundial.
A vitória de qualquer um dos clubes no duelo da tarde de sábado deixa a porta do título aberta ao vencedor, mas a consagração terá de esperar pela tal jornada empurrada para o final da competição para inscrever, em definitivo, o nome de campeão nacional.
O Belenenses procura bicampeonato, Cascais o título que escapa desde meados anos 90
O Belenenses, campeão ainda em título, procura alcançar o bicampeonato e o 10.º título do seu palmarés, o quarto nas últimas seis edições (2020 não se disputou a competição devido à pandemia COVID-19) da divisão de elite do râguebi português.
Poderá ser o quarto título de João Mirra, técnico que soma ainda uma Taça Ibérica (prova que junta os campeões de Espanha e Portugal), três taças de Portugal e cinco supertaças.
Do lado do Cascais, seis vezes campeão nacional, cinco das quais consecutivas entre os anos 1992 e 1996, o clube procura recuperar o troféu que lhe escapa desde a temporada 1995-1996.
Atualmente comandada por Gabriel Ascarate, ex-internacional pela Argentina e antigo jogador do Cascais, a equipa da Linha foi vice-campeã (perdeu a final com o Direito) em 2022-2023.
Foi o culminar de quatro presenças nas fases finais da competição no decurso do anterior modelo competitivo (quartos de final, meias e final) nos seis anos anteriores.
No regresso do modelo competitivo de um campeonato disputado a duas voltas sem fases finais, está em posição privilegiada para conquistar o campeonato.
Esta temporada o Cascais ainda não perdeu em casa (Hipódromo e Guia). Por sua vez, o Belenenses é 100% vitorioso fora de portas.
Os critérios de desempate
Ambos os clubes somam sete vitórias e uma derrota. O XV da Linha perdeu, fora, com o São Miguel (34-20, na 2.ª jornada), enquanto o Belenenses saiu derrotado no confronto caseiro com o Cascais (25-32, 5.ª ronda).
Olhando para o regulamento geral de competições da Federação Portuguesa de Râguebi (artigo 31, número 3), em caso de igualdade pontual no final da prova, o maior número de vitórias obtidas durante esta fase da competição surge como primeiro critério de desempate. Algo que pode já ser desempatado no duelo Cascais-Belenenses.
O segundo critério aponta para o maior número de pontos marcados e sofridos. Nessa estatística, o Belenenses apresenta um saldo positivo de 130 (244 pontos marcados e 114 sofridos). O Cascais, por sua vez, regista um saldo de + 112 (262 marcados e 149 sofridos).
Os ensaios marcados sobem ao último lugar do pódio de desempate para atribuição do troféu. O Cascais parte em ligeira vantagem, 35, contra 32 do conjunto do Restelo.
Se, até aqui tudo permanecer igual, recorre-se, por fim, à diferença entre os ensaios marcados e sofridos.
À data, os dois clubes estão empatados num saldo positivo de 17 para ambos. O Belenenses sofre menos três (15) ensaios que o Cascais (18) e contrabalança a vantagem dos toques de metas marcados pela equipa da Linha.
De realçar que um eventual triunfo caseiro não confere, contudo, vantagem imediata aos verdes e brancos pelo facto de os confrontos diretos não entrarem nos critérios de desempate em caso de igualdade pontual no final da temporada.
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