Mais de 250 atletas dos variados escalões do voleibol do Leixões estão a retomar, esta semana, a atividade, num regresso que o clube pretende que seja "rigoroso e efetivo" depois de todos serem testados à covid-19.

A complexa operação logística começou a ser posta em prática na segunda-feira, com um primeiro lote de dezenas de atletas a deslocarem-se ao Centro de Desportos de Matosinhos, para, em grupos de quatro, realizarem o teste que, em caso negativo, lhes permite retomar os treinos no imediato.

"É uma nova realidade no desporto que ninguém estava habitado, mas que nos temos de ajustar da melhor forma possível. Vamos testar 255 atletas, além de treinadores e diretores de equipa, em três momentos diferentes. Começamos com os mais velhos e, até sábado, vamos testar os mais jovens", explicou Filipe Oliveira, diretor da modalidade do Leixões, à agência Lusa.

Os custos dos testes foram suportados pela Federação Portuguesa de Voleibol, em parceria com Associação de Voleibol do Porto, cabendo ao clube assegurar as despesas com os enfermeiros que vão realizar a operação.

"Era impossível o clube suportar toda essa despesa sozinho e também não queriamos sobrecarregar os pais e pedir-lhes um esforço, que, para alguns, nesta fase, seria incomportável", explicou Filipe Oliveira.

Apesar de confessar que só ficará tranquilo quando o pavilhão voltar a ganhar vida com o frenesim dos treinos, o dirigente não escondeu a satisfação deste ser um importante passo "para que os jovens possam de novo sentir a alegria de voltar a jogar voleibol".

"Queremos que este seja um regresso rigoroso e efetivo. Estes testes dão uma boa garantia que, no dia de arranque, os atletas estão bem, mas não queremos que transmita uma falsa sensação de segurança. Temos de continuar um trabalho preventivo, sensibilizando para evitarem comportamentos de riscos, quando não estiverem aqui", vincou o diretor.

Os atletas parecem ter percebido a mensagem e, neste regresso ao pavilhão, estavam a cumprir as regras que lhes foram indicadas, apesar do entusiasmo de um convívio que estava interrompido há alguns meses.

"Já tinha muitas saudades de estar com a equipa, de poder treinar e preparar a competição. Não ter jogos neste tempo foi mais difícil para mim. Fazer o teste só custou na primeira vez, agora, desde que possa treinar, já não me faz diferença", partilhou Tiago Sousa, atleta do escalão de infantis.

No entanto, depois de meses de paragem e da interrupção dos processos de evolução coletivos e individuais, os responsáveis do Leixões não escondem a preocupação sobre os moldes como acontecerá a retoma dos quadros competitivos.

"Espero que não seja feita de forma brusca. É importante que o processo de recuperação física aconteçam faseadamente para evitarmos lesões. Ainda não sabemos o preço a pagar por estes meses de paragem", explicou Felismina 'Nocas' Pereira, coordenadora técnica do voleibol do emblema matosinhense.

A responsável lembrou que "os treinos online não substituíram a vertente física" e sublinhou que, sobretudo entre os mais jovens, a parte mais importante deste regresso "é a componente social, fundamental para o desenvolvimento das crianças".

"Foi importante que a retoma da atividade fosse logo na data autorizada pelas entidades responsáveis. Queríamos que os atletas sentissem esta porta aberta, mas também o sentido de responsabilidade que têm de ter", concluiu a coordenadora do Leixões.

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