Mário Quina assumiu hoje a “responsabilidade” da expressiva vitória que o fará liderar a Federação Portuguesa de Vela no ciclo olímpico Paris2024, manifestando o desejo de a “médio prazo” voltar a ter atletas em pódios olímpicos.
“Paris2024 é já amanhã e segue mediante os fundamentos criados pela atual direção. Queria apostar num programa olímpico a médio e longo prazo. Um modo de realmente poder voltar a ter velejadores nos lugares de pódio”, disse o novo presidente, à Lusa.
Mário Quina, que elogiou a “elevada qualidade dos velejadores” portugueses em Tóquio2020, liderava lista B e ganhou as eleições com 69 votos, seguido de José Leandro (D), presidente no ciclo Rio2016, com 14 votos, e de Rui Manuel de Abreu, com oito.
O novo presidente refere que o seu projeto é o que mais reflete a continuidade do trabalho de António Roquette, que agora vai presidir à assembleia geral, considerando que “quando as coisas começam a ser bem feitas, não vale a pena deitar tudo fora e começar de novo”.
“É afinar melhor as velas para o barco andar um pouco mais. Aproveitar o que está bem feito e tentar melhorar algumas coisas que sejam necessárias”, completou.
Nas suas prioridades estão o “alargar o leque de velejadores”, bem como o encontrar “receitas alternativas ao Estado”, tendo no horizonte a ideia de “desenvolver a marca vela”.
Como principais “obstáculos” ao seu desejo refere a “economia do país” e a necessidade de “tempo” para implementar o projetado, que passa também por “comunicar mais e melhor”.
Natural de Lisboa, Mário Quina é gestor de empresas há mais de 30 anos no ramo imobiliário, praticante de vela “há mais de 55”, tendo sido diretor da Associação Naval de Lisboa e membro do conselho geral do Clube Naval de Cascais.
Duarte Bello e Fernando Bello deram o primeiro pódio olímpico na vela a Portugal com a prata na classe swallow em Berlim1936, enquanto em Helsínquia1952 Joaquim Mascarenhas Fiúza e Francisco Rebello de Andrade foram bronze na classe star.
Mário Gentil Quina e José Gentil Quina foram prata na classe star em Roma1960 e depois a vela lusa só voltou a ir ao pódio em Atlanta1996 com Hugo Rocha e Nuno Barreto com o bronze em 470.
Em Tóquio2020, José Costa e Jorge Lima terminaram a classe 49’er no sétimo lugar, os irmãos Diogo e Pedro Costa concluíram o 470 no 15.º posto, enquanto Carolina João terminou na 34.ª posição no lazer radial.
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