Rafael Nadal travou uma batalha épica frente a Dominic Thiem para garantir na terça-feira à noite o regresso às meias-finais do US Open em ténis, quarto ‘major' da temporada, e seguir o exemplo de Serena Williams.

Era um dos encontros mais aguardados dos quartos de final e os protagonistas não defraudaram as expetativas no Arthur Ashe Stadium, onde Rafael Nadal eliminou o austríaco Dominic Theim (nono do ‘ranking’ mundial) em cinco ‘sets’, pelos parciais de 0-6, 6-4, 7-5, 6-7 (4-7) e 7-6 (7-5).

Numa longa maratona de quatro horas e 49 minutos, o maiorquino e número um mundial conseguiu resistir aos 74 ‘winners', 18 ases e um total de 171 pontos conquistados por Thiem, que assinou em contrapartida 57 erros não forçados, para se qualificar para as meias-finais pela sétima vez em Nova Iorque, onde em 2017 conquistou o terceiro título.

"Foi muito exigente em todos os aspetos. Estou muito feliz por estar nas meias-finais. Perdi em Wimbledon um encontro como este [com Novak Djokovic], hoje calhou-me a mim. Lutei até ao fim", afirmou o esquerdino e único dos quatro finalistas dos três torneios do Grand Slam deste ano a avançar para a fase seguinte.

Além de ter sido o 11.º embate com o austríaco de 25 anos, único em piso rápido, foi o encontro mais longo desta edição do US Open, sendo que o segundo também havia sido disputado por Rafael Nadal, de 32 anos, com Karen Khachanov na terceira ronda.

"Foi uma grande batalha. Lutei muito e tentei manter-me dentro do jogo" acrescentou Nadal, depois de assegurar o 12.º triunfo consecutivo em Flushing Meadows, destacando ainda "o grande jogador e pessoa" que é Dominic Thiem.

"Ele é muito bom e tem tudo para ganhar grandes encontros como este. É talentoso, tem grande atitude e vai ter sem dúvida outras chances para ganhar encontros e torneios destes”, acrescentou Nadal.

O austríaco, que foi o segundo jogador a impor um 6-0 a Nadal no US Open, depois de Andy Roddick em 2004, atingiu pela primeira vez os quartos de final de um ‘major, além de Roland Garros, mas voltou a não conseguir reduzir a desvantagem no confronto direto com o maiorquino (3-8).

"Vai ficar na minha memória para sempre. O ténis às vezes é cruel, porque penso que este encontro não merecia um derrotado. Mas tem que haver um. E diria que, apagando o primeiro ‘set’, foi um encontro em aberto do princípio ao fim. Da forma como acabou no ‘tiebreak' do quinto ‘set’, as probabilidades eram de 50/50", resumiu o jovem finalista de Roland Garros, onde Rafael Nadal conquistou o 17.º título da carreira no Grand Slam.

No torneio feminino, a antiga número um mundial, Serena Williams, viveu uma noite bem mais tranquila e apenas precisou de uma hora e 25 minutos para bater a checa Karolina Pliskova, oitava cabeça de série, por 6-4 e 6-3.

Garantida a vitória, sobretudo graças aos 13 ases e 35 ‘winners', a norte-americana, que procura o sétimo troféu em Nova Iorque e o 24.º 'major' da carreira, vai agora defrontar nas meias-finais a letã Anastasija Sevastova.