A tenista russa Anastasia Pavlyuchenkova, 14.ª classificada do ‘ranking’ mundial, manifestou-se hoje contra a invasão da Rússia à Ucrânia, mostrando-se “assustada” e “confusa”, mas certa de que nada “justifica a violência”.
“Não sou política nem uma figura pública, não tenho experiência nisto. Posso apenas discordar publicamente com estas decisões que foram tomadas e falar abertamente sobre isso”, escreveu a russa de 30 anos, numa publicação nas redes sociais.
Segundo Pavlyuchenkova, a Rússia é o seu país, mas agora tem “medo” e, opondo-se “à guerra e à violência”, mostrou-se “confusa” e sem saber como ajudar perante uma situação que compromete o futuro de adultos e crianças.
“Que pare a violência, que pare a guerra”, concluiu.
A tenista juntou-se a outros compatriotas e colegas de profissão ao pedir o fim da investida militar, depois de já Andrey Rublev o ter feito, durante o torneio de Marselha, e o novo número um do ‘ranking’, Daniil Medvedev, ter apelado à paz.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de quase 500 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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