Stefanos Tsitsipas, número quatro do mundo, garantiu esta sexta-feira que está em perfeitas condições para disputar a final do Open da Austrália no próximo domingo, depois de vencer nas meias-finais o russo Karen Khachanov.
"Não poderia estar mais preparado para este momento", garantiu o tenista grego em entrevista após a vitória de quatro sets sobre Khachanov (7-6 [7/2], 6-4, 6-7 [6/ 8], 6-3).
"É uma humilde oportunidade para mim. Estar na final aqui significa muito (...) Vou aproveitar esta oportunidade e vou me preparar para este grande dia", acrescentou Tsitsipas, de 24 anos. O atleta enfrentará o sérvio Novak Djokovic que esta sexta-feira derrotou o americano Tommy Paul por 3 sets a 0, com parciais de 7–5, 6–1 e 6–2.
No seu quinto ano no top 10, o grego parte em busca do seu primeiro título de Grand Slam após a derrota para Djokovic na final de Roland Garros em 2021 e, caso consiga, também garantirá a liderança do ranking da ATP pela primeira vez.
"Lembro-me de assistir na TV e dizer para mim mesmo: 'Quero estar lá um dia'", explicou Tsitsipas sobre vencer um Grand Slam. "Sabia que ia ser um caminho muito longo para chegar (...) Mas acreditava, acreditava muito", sublinhou.
Embora tenha dito não se lembrar da derrota em Roland Garros para Djokovic, Tsitsipas garantiu que se sente mais preparado do que há dois anos.
"Estou a jogar bem. Estou a desfrutar. Não vejo desvantagens ou negatividade no que estou a fazer. Mesmo se não funcionar, estou muito otimista e positivo sobre qualquer adversário que eu tenha que enfrentar", explicou.
"Isso é algo que estava a faltar no meu jogo. Agora acredito genuinamente no que sou capaz de fazer. Isso é mais do que suficiente", concluiu.
Já Djokovic, o adversário do grego, confessou estar surpreendido pela chegada a esta fase:
"Tenho uma imaginação forte, mas não tanto. Nunca imaginei que as coisas pudessem chegar a este ponto. Sou um abençoado e estou muito agradecido por isso. Tento disfrutar cada momento. Este é um desporto individual e todas as atenções estão viradas para mim, mas é preciso dar crédito a quem o merece e sem a minha família e a minha equipa, que apoiou nos bons e maus momentos, não seria possível chegar aqui", referiu logo após a vitória nas meias-finais.
No domingo, a partir das 08:30, estará em jogo o título de 2023 do Open da Austrália e a liderança do ténis mundial. Enquanto o grego vai tentar arrebatar o primeiro ‘major’ da carreira e subir ao topo da hierarquia mundial, o servio, de 35 anos, vai lutar por igualar o recorde de 22 títulos do Grand Slam do espanhol Rafael Nadal e recuperar o estatuto de número um mundial.
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