A melhor tenista ucraniana de todos os tempos, Elina Svitolina, garantiu hoje que não defrontará a russa Anastasia Potapova na terça-feira, no México, até as entidades reguladoras da modalidade clarificarem a posição sobre a invasão à Ucrânia.
“Espero que as nossas entidades (WTA, ITF e ATP) aceitem as recomendações do Comité Olímpico Internacional (COI) e forcem os atletas desses países a competir sob bandeira neutra e sem mostrarem qualquer tipo de símbolo dos seus países”, escreveu Svitolina, nas redes sociais.
No WTA 250 de Monterrey, a 15.ª da hierarquia mundial tem pela frente Anastasia Potapova, a quem isenta de responsabilidades – tal como aos outros competidores - pela invasão da Rússia ao seu país.
“Não culpo os atletas russos, eles não são culpados por aquilo que se está a passar no meu país. Aliás, o apoio dos atletas desses países tem sido fundamental e quero agradecer-lhes”, frisou.
Os russos Daniil Medvedev, Andrey Rublev e Anastasia Pavlyuchenkova são alguns dos tenistas que já se manifestaram publicamente contra a guerra.
O COI aconselhou as diferentes federações desportivas a excluírem as equipas, seleções e atletas russos e bielorrussos de todos os eventos internacionais.
No ténis, tal como no ciclismo, os atletas só esporadicamente representam o seu país, pelo que se aguarda por uma clarificação das respetivas federações internacionais quanto a esta matéria.
A grande maioria dos tenistas ucranianos já tinha emitido hoje um comunicado, no qual pediam apoio das entidades e uma clarificação das suas posições, lamentando a falta de reação que ainda se verifica.
Marta Kostyuk e Lesia Tsurenko pediram mesmo, entre várias medidas, o cancelamento dos torneios planeados para se disputar na Rússia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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