“Estamos à espera de uma eliminatória difícil, renhida, contra uma equipa que tem bons jogadores em individuais e em pares. A Taça Davis é isto mesmo, não saber quem vai ganhar no final, mas estamos a jogar em Portugal e, sempre que jogamos em Portugal, temos tido bons resultados, temos produzido um bom ténis. E é isso que pretendo, que os jogadores produzam um bom ténis, porque, se o fizerem, temos boas hipóteses de ganhar”, estimou.
Na conferência de imprensa de antevisão à eliminatória entre Portugal e Brasil, que decorreu no Centro Cultural de Viana do Castelo, Rui Machado anteviu “uma eliminatória equilibrada”, mas assumiu que, se houver algum favoritismo, vai ser pelo fator casa”.
“É diferente jogar em casa. Espero que esteja bem presente e que nos ajude. Temos jogadores muito bons, todos os jogadores com um nível muito elevado. O Brasil também traz uma boa equipa, com jogadores muito conhecidos. Sabemos bem do que são capazes, se jogarem bem, são muito perigosos, mas prefiro concentrar-me na minha equipa. Jogando a melhor versão deles, temos mais possibilidade de vencer”, defendeu.
Entre sexta-feira e sábado, Portugal vai receber o Brasil, no Pavilhão Multiusos de Viana do Castelo, para discutir o acesso ao ‘play-off’ de apuramento para as Davis Cup Finals de 2023, que terá lugar em março, com as duas seleções a defrontarem-se pela primeira vez na principal competição por seleções do ténis.
João Sousa (56.º do ‘ranking’ ATP), Nuno Borges (93.º), Gastão Elias (210.º), Frederico Silva (250.º) e Francisco Cabral (número um nacional e 45.º mundial na variante de pares) foram os escolhidos para representar a seleção portuguesa, com o ‘capitão’ a reconhecer que “todas as convocatórias são difíceis, porque o nível do ténis português está muito alto, cada vez há mais soluções”.
“Estes são os jogadores que eu achei que eram os melhores para representar Portugal neste momento, nestas condições, que escolhemos, por acharmos que eram as melhores para defrontarmos o Brasil. Têm ficado jogadores muito fortes de fora. Vou ter de escolher dois para os singulares e os outros vão ter de ficar a apoiar de fora”, disse.
Também João Sousa, o mais experiente e mais cotados dos jogadores nacionais, admitiu que “jogar em casa é muito especial”.
“O Brasil apresenta-se com uma equipa muito jovem, mas com muita experiência no circuito. O Thiago [Monteiro] está há muito tempo no ‘top 100’. Na vertente de pares também tem um jogador que está agora no ‘top 40’. É uma equipa jovem, com ambição de fazer um bom resultado. Temos de pensar em nós, mais do que pensar neles”, ressalvou o vimaranense de 33 anos.
A seleção brasileira é integrada por Thiago Monteiro (65.º), Felipe Meligeni (143.º), Matheus Pucinelli (224.º) e Thiago Wild (370.º), além do especialista de pares Rafael Matos (36.º naquele ‘ranking), com o ‘capitão’ Jaime Oncins a prever “um confronto duro, muito equilibrado”.
“As equipas são parecidas, equilibradas, bem fortes. [Duelo] vai ser decidido em alguns detalhes”, disse, lembrando que “as duas equipas têm pontos fortes”
Oncins vincou que João Sousa “tem jogado bem, o Nuno [Borges] tem tido bons resultados”, e a dupla, composta por Borges e Francisco Cabral, “tem jogado junta em vários torneios, com bons resultados”.
“Do nosso lado também, o Monteiro tem jogado bem, os outros jogadores são novos, mas já têm tido bons resultados. Dos encontros em que já fui ‘capitão’, este deve ser dos mais equilibrados”, concluiu o ‘capitão’ brasileiro.
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