O tenista sérvio Novak Djokovic, detentor do título, e o suíço Roger Federer derrotaram hoje os espanhóis Roberto Bautista-Agut e Rafael Nadal, respetivamente, e conquistaram um lugar na final do torneio de Wimbledon, terceiro ‘Grand Slam’ do ano.
Djokovic, líder do 'ranking' mundial, conseguiu uma sexta presença na final do All England Club, onde ganhou em 2011, 2014, 2015 e 2018 e foi finalista vencido em 2013, ao superar Bautista-Agut, 22.º ATP, por 6-2, 4-6, 6-3 e 6-2.
Por seu lado, Federer, vencedor oito vezes na relva londrina (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017) e derrotado nas finais de 2008, 2014 e 2015, somou o 16.º triunfo em 40 jogos com Nadal, e apenas o quarto em 14 ‘duelos’ no ‘Grand Slam’, ao vencer também em quatro ‘sets’, por 7-6 (7-3), 1-6, 6-3 e 6-4.
A final será o 48.º encontro entre Federer e Djokovic, num ‘duelo’ favorável ao sérvio - que venceu 25 vezes, contra 22 do helvético - na globalidade, e também em Wimbledon, onde ganhou ao suíço nas finais de 2014 e 2015 e perdeu nas ‘meias’ de 2012.
Os dois jogadores só se encontraram em mais duas finais do ‘Grand Slam’, ambas no US Open, com Federer a impor-se em 2007 e Djokovic a ‘responder’ em 2015. No domingo, o sérvio tenta o seu 16.º título no ‘Grand Slam’, na 25.ª final, e Federer o 21.º, em 31, para solidificar a liderança do ‘ranking’.
O suíço chega moralizado, depois de um categórico triunfo face a Nadal, que começou a ‘desenhar’ no primeiro ‘set’, que venceu mesmo sem quebrar o serviço ao espanhol.
Federer desperdiçou o único ponto de ‘break’ que conquistou, ao oitavo jogo, mas não enfrentou nenhum no seu serviço e, no ‘tie break’, após estar duas vezes com um ‘mini break’ abaixo (0-1 e 2-3), ganhou cinco pontos consecutivos para vencer por 7-3.
No segundo ‘set’, Federer salvou dois pontos de ‘break’ no segundo jogo e teve um 15-40 no terceiro, mas Nadal aguentou-se e, a partir daí, ganhou enorme ascendente, perante o acumular de erros e a perda de consistência do helvético, e venceu por 6-1.
O suíço ‘regressou’, porem, no terceiro parcial: o seu serviço voltou a funcionar, ao quarto jogo quebrou o serviço ao espanhol e, ao quinto, salvou três ‘break points’, fazendo o 4-1, para depois chegar, sem problemas, aos 6-3.
A dinâmico do encontro não mudou no quarto ‘set’, com Federer claramente por cima, a conseguir o ‘break’ logo ao terceiro jogo, para se adiantar para 2-1: não mais perdeu o controlo do parcial, que acabou por vencer por 6-4, garantindo a 12.ª final.
Ainda assim, e perante um Nadal que lutou até final e chegou a ter um ponto para fazer o 5-5, o helvético precisou de cinco ‘match points’ e de se aplicar até ao derradeiro suspiro.
“O primeiro ‘set’ foi muito importante, mas ele reagiu bem no segundo. Estou feliz pela vitória, mas exausto, porque o Rafa conseguiu pancadas incríveis para se manter no encontro. As batalhas com ele são sempre especiais”, disse Federer, que somou 51 ‘winners’, contra 32 do espanhol.
Depois de bater o espanhol, segue-se Djokovic: “É o detentor do título e nestas duas semanas mostrou o porquê. Espero batê-lo, mas sei que é muito difícil. Não é por acaso que é o número um”.
Na primeira meia-final, Djokovic impôs-se, como esperado, num embate em que entrou em força, quebrando logo de entrada o serviço ao espanhol, para ganhar um avanço de 3-0. Não enfrentou qualquer ponto de ‘break’ e fez um segundo ‘break’ para o 6-2.
O segundo parcial foi diferente, com Agut a soltar-se e a ‘quebrar’ Djokovic logo ao terceiro jogo, para, depois, se impor por 6-4, sem enfrentar qualquer ponto de ‘break’ e ameaçando, sem concretizar uma segunda quebra, no quinto jogo.
“Ele estava a disputar a primeira meia-final de um ‘Grand Slam’ e cometeu alguns erros incaracterísticos no primeiro ‘set’, talvez devido aos nervos, mas depois jogou melhor no segundo e o encontro nivelou”, afirmou Djokovic.
O equilíbrio manteve-se no início do terceiro ‘set’, mas, ao sexto jogo, o sérvio logrou o ‘break’, fazendo o 4-2 e, até ao final, o encontro já não teve história, tal a superioridade do sérvio, que selou um lugar na final com 6-3 e 6-2.
“Os primeiros jogos do terceiro ‘set’ foram muito equilibrados, mas, felizmente, caiu para o meu lado”, afirmou Djokovic, lembrando o ‘break’ no sexto jogo, que acabou por encaminhá-lo para a vitória: “Estar em mais uma final, é um sonho, até porque as finais de Wimbledon são especiais”.
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