O tenista italiano Jannik Sinner garantiu que gosta de “dançar em ambiente de pressão”, como aquele que viveu hoje na final do Open da Austrália, onde bateu o russo Daniil Medvedev para conquistar o primeiro ‘major’ da carreira.
“Há sempre pressão, mas pode converter-se em algo de bom. É um privilégio, porque não há muitos jogadores que tenham esta pressão. Gosto de ‘dançar’ em ambiente de pressão”, sublinhou o número quatro mundial.
Jannik Sinner, a disputar a sua primeira final de um torneio do Grand Slam, esteve a perder por dois ‘sets’ a zero frente ao experiente moscovita, campeão do Open dos Estados Unidos em 2021 e a jogar pela terceira vez o encontro do título em Melbourne Park, mas conseguiu recuperar da desvantagem e erguer o troféu ao fim de cinco ‘sets’, pelos parciais de 3-6, 3-6, 6-4, 6-4 e 6-3.
“Estou muito orgulhoso. Foi um encontro muito duro. Ele começou muito bem, dominou-me em todo o ‘court’. Não consegui colocar o meu plano de jogo em prática, mas, de qualquer maneira, no terceiro ‘set’ vi uma pequena chance e aproveitei-a. O jogo mudou e estou mesmo contente com a forma como consegui corrigir algumas coisas. São tantas as emoções neste momento. Tenho de parar para processar tudo isto, mas é um sentimento incrível”, explicou o jovem transalpino, de 22 anos.
Graças ao triunfo, Sinner tornou-se no mais jovem campeão do Open da Austrália desde Novak Djokovic, em 2008, e no terceiro italiano a conquistar um título masculino do Grand Slam, depois de Nicola Pietrangeli (Roland Garros, em 1959 e 1960) e Adriano Panatta (Roland Garros, em 1976).
Hoje, em conferência de imprensa, recordou a longa caminhada, iniciada aos 14 anos, e que lhe permitiu suceder ao sérvio, detentor de 24 títulos do Grand Slam, na lista de campeões do ‘Happy Slam’.
“Foi a forma mais rápida de crescer, apesar de ter sido duro. Cresci muito rápido, a cozinhar e a lavar a minha roupa quando tinha 14 anos. Foi muito duro para mim, mas foi mais para eles [pais]. Nunca me colocaram pressão e essa foi a chave. Agora, sou um homem tranquilo e desfruto a jogar ténis”, defendeu o italiano, que iniciou o seu percurso desportivo no esqui e que nas ‘meias’ em Melbourne afastou Djokovic.
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