A organização do Open da Austrália assegurou hoje que os tenistas em prova estão a ser sujeitos aos testes de despistagem ao coronavírus, contradizendo o alemão Alexander Zverev, que afirmou existirem atletas a jogarem infetados.

Na quarta-feira, o atual número três do ‘ranking’ mundial ATP deu o exemplo do francês Ugo Humbert, que obteve um teste positivo um dia após a derrota na primeira eliminatória, diante do compatriota Richard Gasquet, para sustentar a sua afirmação.

Hoje, a organização do primeiro ‘major’ da temporada esclareceu que os testes rápidos diários de antigénio estão a ser fornecidos e que as clínicas estão abertas, tanto em Melbourne Park como no hotel dos jogadores.

Segundo os responsáveis, as máscaras devem ser usadas em todos os locais de Melbourne Park, exceto quando os atletas estiveram a jogar, comer e beber.

Além destas medidas, para combater a disseminação do coronavírus, todos os jogadores que viajaram para a Austrália tiveram de realizar um teste PCR à chegada, assim como outros dois ao quinto e sétimo dia.

Contudo, para o jogador alemão, de 24 anos, terceiro cabeça de série do torneio australiano, o cenário é outro, conforme explicou na quarta-feira.

"Acho que alguns jogadores já tinham [o coronavírus] quando chegaram e que alguns jogadores têm agora. Não estamos a ser testados, pelo que, se fôssemos testados, provavelmente haveria mais positivos do que há neste momento", expressou o tenista germânico, em conferência de imprensa.

Para Zverev, os jogadores “têm permissão para sair e fazer o que quiserem”, e, nesse sentido, considera “natural que mais pessoas fiquem infetadas com a covid-19”.

Também o australiano Bernard Tomic, que foi um dos casos positivos, criticou os protocolos da prova para controlar a pandemia.

Todos os tenistas presentes no Open da Austrália são obrigados a estar vacinados contra a covid-19 ou devem dispor de uma isenção médica para disputar o primeiro ‘Grand Slam’ da temporada.