O tenista espanhol Jaume Munar bateu hoje o português Pedro Sousa, a jogar em ‘casa’, no Club Internacional de Foot-Ball (CIF), em Lisboa, conquistando o título da quarta edição do Lisboa Belém Open, torneio do ATP Challenger Tour.
A jogar a sua 15.ª final, o número dois português e 111.º do ‘ranking’ ATP não conseguiu superar o jovem natural de Maiorca, de 23 anos, 112.º colocado na hierarquia mundial, que conquistou o seu quinto troféu em dois ‘sets’, com os parciais de 7-6 (7-3) e 6-2, em uma hora e 20 minutos.
Apesar de ter recuperado de uma desvantagem de 1-5, fazendo cinco jogos consecutivos (6-5), o lisboeta, de 32 anos, ainda levou o primeiro ‘set’ ao desempate, mas, após ceder no ‘tie-break’, não conseguiu manter o nível e travar os intentos de Jaume Munar, jogador da Academia de Rafael Nadal, com quem, revelou, ter falado antes do encontro e o aconselhou a manter-se “tranquilo e seguir o seu caminho”.
“Foi uma final complicada. Comecei muito bem, mas o Pedro depois jogou um ténis incrível durante três jogos. É certo que eu falhei um ‘volley’ no 5-2, com 30-0, mas ele, a partir daí, foi brilhante e o que me fez sair vencedor desse primeiro ‘set’ foi o facto de estar mentalizado para a possibilidade de ele jogar tão bem durante alguns períodos. Depois, no segundo ‘set’, joguei melhor”, explicou Munar, o terceiro espanhol a vencer no CIF, depois de Tommy Robredo, em 2018, e Roberto Carballes, em 2019.
Já Pedro Sousa, que lutava pelo oitavo título challenger, duas semanas após ter cedido igualmente na final de Split, na Croácia, reconheceu não ter conseguido lidar da melhor forma com o facto de as bolas hoje estarem um pouco mais pesadas.
“Não fiz um mau encontro. Claramente, com a bola um bocadinho mais pesada, ele era superior e com e bola mais rápida ficava eu um pouco superior. Quase fazia uma grande recuperação no primeiro ‘set’, depois de estar 1-5 e passar para 6-5. Mas o ‘tie-break’ também foi difícil, lidar com a situação do ‘set’ estar quase perdido e ainda haver esperança e no final acabei por perder”, lamentou.
O tenista português reconheceu o “desgaste” psicológico causado pela derrota no parcial de abertura, mas admitiu a superioridade do adversário: “Entre o final do primeiro ‘set’ e o início do segundo a bola também estava bastante lenta e ele conseguiu ganhar alguma distância. Basicamente, ele foi melhor que eu. Foi superior”, justificou Sousa, que vai ascender ao 110.º posto da hierarquia ATP.
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