O tenista português Frederico Silva disse  ter sentido que podia ter conquistado o Challenger de Kobe, no Japão, mas, em declarações à agência Lusa, reconheceu que o japonês Yosuke Watanuki foi mais eficaz.

“Foi uma final bastante disputada. Já sabia que não ia ser um jogo fácil. Ele já tinha ganhado este torneio e já tinha mostrado estar confortável, em alguns jogos que ganhou com alguma facilidade. Eu sabia que tinha de fazer um bom jogo para ter as minhas hipóteses”, começou por dizer o tenista natural das Caldas da Rainha.

Frederico Silva, 291.º do ranking mundial, venceu o primeiro parcial, por 7-6 (7-3), mas Yosuke Watanuki, 196.º da hierarquia, levou a melhor nos dois seguintes, por 7-5 e 6-4, num encontro que durou duas horas e 49 minutos.

“Acabei por fazer um bom jogo, mas ele foi superior nos detalhes e acabou por conseguir, nas fases decisivas do segundo e terceiro ‘sets’, ser mais eficaz do que eu. Ganhei bem o primeiro ‘set’ no ‘tie-break’, depois não houve quebras de serviço e ele acabou por ser melhor e ficar com a vitória”, admitiu.

Frederico Silva, de 27 anos, disputou em Kobe a segunda final da carreira, depois de ter perdido o encontro decisivo no Challenger de São Paulo, no Brasil, em 2020.

“Foi um torneio importante para mim. Obviamente, fiquei com a sensação de que a vitória podia ter ficado para mim, mas acabou por ser um bom torneio, no qual fiz bons jogos e consegui jogar a um ótimo nível, incluindo hoje, na final”, reconheceu.

E, por isso, pretende manter o ritmo para disputar a qualificação para o primeiro Grand Slam de 2023.

“É positivo, mesmo em termos de pontos, o que me dá uma ajuda para concretizar os meus objetivos. Agora penso em ter um ranking que me permita jogar o ‘qualifying’ do Open da Austrália, fiquei mais próximo e quero aproveitar o ritmo deste torneio para que os próximos também corram bem”, concluiu.

Depois de Kobe, Frederico Silva vai disputar o Challenger de Yokkaichi, também no Japão, estreando-se frente a Yu Hsiou Hsu, de Taiwan, quinto cabeça de série e 217.º da hierarquia mundial.