Francisco Cabral continua à procura de um parceiro fixo de pares, já que o seu ‘velho’ parceiro Nuno Borges, número um do ténis nacional em singulares, não tem a intenção de jogar “um calendário completo” da variante.

“O meu objetivo continua a passar por encontrar um parceiro fixo. Esse é o meu objetivo desde que deixei de jogar com o Jamie Murray no final do ano passado. Infelizmente, ainda não encontrei aquela pessoa que eu quero ter ao meu lado”, admitiu o 53.º classificado do ranking de pares.

A parceria com o conceituado Jamie Murray, antigo número um mundial da variante, não vingou e, desde então, o portuense de 26 anos ‘experimentou’ vários parceiros, incluindo o também português João Sousa.

No entanto, a ‘velha’ parceria com o amigo Nuno Borges é algo que Cabral não esquece, assumindo que agora que o maiato “subiu um bocadinho” no ranking, irá jogar ao seu lado “nos torneios que der” e nos quais “houver a vontade” das duas partes.

“Para mim, vai ser sempre uma gestão de carga, porque já percebi que a este nível não vou conseguir jogar sempre singulares e pares. Muito poucos jogadores conseguem. Aliás, fazer isso um ano inteiro é complicadíssimo, há pouquíssima gente a fazê-lo e a ter qualidade e a ganhar muitos jogos. Como eu tenho ambição de continuar a subir, tenho focado mais a jogar singulares”, reiterou Borges.

O 65.º classificado da hierarquia de singulares reforçou que não é sua “intenção jogar um calendário completo de pares”, pelo que o amigo ao lado de quem conquistou o título no Estoril Open no ano passado terá “obrigatoriamente de ir buscar outros parceiros”.

“Fica ali um bocadinho a oportunidade. Se a oportunidade surge, e tem surgido de vez em quando, como neste torneio, [jogamos]. Nós já tínhamos falado que ficava combinado logo de início jogar” o Estoril Open, contou Borges em conferência de imprensa, depois de os dois terem vencido na primeira ronda o monegasco Romain Arneodo e o austríaco Sam Weissborn, por 6-3 e 7-6 (7-3).

Ainda assim, e apesar do reeditar da parceria de sucesso com Borges, Cabral voltou a insistir que a sua “prioridade passa por encontrar alguém que possa jogar um calendário a full time [de pares]”.