O tenista suíço Roger Federer disse hoje querer participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, mas admitiu que só decidirá se estará na capital japonesa depois de Wimbledon e em função do seu resultado no torneio londrino.

“Decidiremos, a minha equipa e eu, depois de Wimbledon, porque [o torneio] vai ter impacto em mim, dependendo se jogo bem ou mal. O meu sentimento, neste momento, é que gostaria de ir, mas só o saberei dentro de poucas semanas”, declarou o medalha de prata de Londres2012, na conferência de imprensa prévia ao arranque do torneio londrino.

Federer, atualmente número oito mundial, falhou os Jogos Olímpicos Rio2016 por lesão e, aos 39 anos, tem a última oportunidade para lutar pelo ouro olímpico de singulares, o único grande título que falta no seu vasto palmarés, em Tóquio2020, agendado entre 23 de julho e 08 de agosto.

O suíço, recordista de títulos do ‘Grand Slam’ a par do espanhol Rafael Nadal (20) e campeão olímpico em pares em Pequim2008, chega a Wimbledon após uma temporada atípica: esteve mais de um ano ausente do circuito na sequência de duas intervenções ao joelho direito e só regressou à competição em março, tendo jogado apenas quatro torneios, o último dos quais Halle, onde perdeu na segunda ronda.

“Nesse jogo, tive um momento em que não me senti feliz com a forma como estava a jogar. Aqui não vai acontecer o mesmo que em Halle. Sinto-me muito melhor […]. Tenho de valorizar o bom destas semanas e o facto de poder estar novamente em Wimbledon e ir vendo como correm as coisas. Tenho de ser mentalmente forte, ao contrário do que aconteceu em Halle”, assumiu.

Finalista em 2019, na última edição de Wimbledon – o torneio não se realizou no ano passado, devido à pandemia de covid-19 -, o antigo número um mundial vai iniciar a demanda por um nono título na relva do All England Club frente ao francês Adrian Mannarino.

O terceiro ‘major’ da temporada decorre entre segunda-feira e 11 de julho.