O antigo tenista alemão Boris Becker, criticado nas redes sociais pela participação numa manifestação antirracista, lamentou hoje que no seu país não se fale “mais abertamente” sobre o tema, em mensagem divulgada no Twitter.
“Estou chateado, chocado e assustado com os inúmeros insultos, vindos apenas da Alemanha, pelo meu apoio à manifestação #BlackLivesMatters, ontem [sábado], em Londres”, escreveu Boris Becker, de 52 anos, no domingo, deixando uma questão: “Tornamo-nos um país racista?”.
Hoje, o antigo tenista publicou um vídeo sobre as manifestações antirracistas desencadeadas pela morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção.
“Em casa, varremos quase tudo para baixo do tapete, acho uma pena. Deveríamos falar abertamente sobre isso”, afirmou o antigo número um mundial.
Desde a divulgação das imagens da morte de George Floyd nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem, e em todo o mundo.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Segundo a polícia alemã, no sábado, as manifestações juntaram cerca de 10.000 pessoas em Berlim, 8.000 em Frankfurt e Hamburgo e 7.000 em Munique.
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