
Nuno Borges sentiu que quis “um bocadinho mais” do que Marton Fucsovics passar aos ‘quartos’ do Estoril Open, mostrando-se satisfeito por poder lutar pelo seu melhor resultado de sempre em singulares no Clube de Ténis do Estoril.
“[Estou] um bocadinho cansado, obviamente. Foi um jogo muito longo, muito duro. Acho que ele teve muito mérito no resultado que fez, apesar de não ter caído para o lado dele. Acho que ele fez um bom jogo do início ao fim”, começou por analisar o número um nacional.
Nuno Borges, que ficou isento na primeira ronda, impôs-se ao 130.º jogador mundial com os parciais de 7-6 (8-6), 6-7 (4-7) e 6-4, em três horas e 16 minutos, depois de ter anulado dois ‘set points’ no primeiro parcial.
“Não senti que lhe dei assim tanta vantagem, tantas abertas, mas ele realmente tornou o jogo muito difícil para mim, do início ao fim. […] Mas eu senti que quis um bocadinho mais ali do que ele. Nem sempre é possível, mas desta vez acho que fez a diferença”, salientou.
Único ‘sobrevivente’ luso no quadro de singulares do challenger português, o maiato considerou que não teve “muitos altos e baixos”, com o encontro a ser “bastante constante”.
“Estou contente. É sempre bom quando consigo manter o nível do início ao fim, porque, às vezes, bastam um ou dois jogos em que não estamos no nosso melhor e perdemos um set crucial”, pontuou.
Para vencer o encontro mais longo da história do torneio, como o definiu o ‘speaker’ após a conclusão do duelo da segunda ronda no Clube de Ténis do Estoril, o terceiro cabeça de série anulou 13 dos 15 ‘break-points’ que enfrentou.
“Estou sempre muito concentrado e, às vezes, esqueço-me de onde estou e penso só no que preciso fazer para ganhar a um adversário. Mas, realmente, houve alturas em que desfrutei do momento, do ambiente, do estádio, do público todo a puxar por mim. Um fim de tarde bem passado, foi uma grande batalha, mas, no fim, não foi tudo sofrido”, resumiu.
Reconhecendo não ter feito o melhor encontro da sua vida e ainda ter coisas a melhorar, Borges espera agora que o corpo “colabore” para recuperar para o encontro dos quartos de final com o sérvio Miomir Kecmanovic (47.º), finalista no Clube de Ténis do Estoril em 2023.
“Em Montreal, no ano passado, tivemos uma batalha duríssima, em piso rápido. Desta vez é na terra batida, mas acho que não há de ser muito diferente nesse aspeto. Eu acho que ele joga muito bem nas duas superfícies. Os sérvios estão habituados a jogar, se calhar, em terra batida, tanto como um português. Portanto, nesse aspeto, estou à espera de uma batalha grande, mais uma vez”, antecipou.
O número um nacional quer aproveitar a confiança que ganhou no encontro de hoje para tentar fazer uma boa performance no encontro dos ‘quartos’.
“Estou como quero. Ganhei um jogo hoje. Tenho mais uma oportunidade amanhã [sexta-feira] para tentar o meu melhor resultado sempre aqui nos torneios singulares. Estou entusiasmado. É óbvio que esta semana tem um significado muito grande para nós. Não só para mim, para os tenistas portugueses. É tentar manter a bandeira viva mais um bocadinho”, declarou o jogador que foi campeão de pares, ao lado de Francisco Cabral, em 2022.
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