Boris Becker, diretor geral do ténis masculino da Alemanha e antigo número um mundial, desvalorizou hoje a ausência dos irmãos Zverev e considerou que a sua seleção pode vencer Portugal no ‘play-off' do Grupo Mundial da Taça Davis.
"Vai ser uma eliminatória difícil. Portugal tem uma equipa forte, um número um muito bom, conheço-o do circuito desde há muitos anos. Além disso, têm o apoio do público. Teremos de fazer o nosso melhor e jogar muito durante três dias", começou por dizer, numa conferência com jornalistas portugueses, aquele que, ainda hoje, é a maior referência do ténis masculino da Alemanha.
Boris Becker revelou conhecer bem João Sousa e Gastão Elias, mas não o número dois português, Pedro Sousa, nem João Domingues, o quarto tenista luso, que compõem a equipa que vai tentar levar Portugal, pela primeira vez na história, ao escalão máximo da principal competição por seleções do ténis.
O diretor geral da seleção masculina alemã preferiu ainda desvalorizar a ausência de Alexander (4.º do ‘ranking' mundial) e Mischa Zverev (27.º), que pediram escusa da decisiva eliminatória de permanência no Grupo Mundial - a Alemanha, que perdeu na primeira ronda do escalão, tenta manter-se no agrupamento a que pertence, ininterruptamente, desde 2005.
"Conheço-os há muitos anos e conversámos muito. Obviamente, na Alemanha houve muita polémica [à volta da opção dos Zverev], mas não quero continuar a esmiuçar esse tema. Estou satisfeito com os jogadores que estão aqui. Posso apenas dizer que os jogadores nem sempre são donos do seu próprio destino. Há agentes, pais e outro tipo de objetivos. Deixemos esse assunto aqui. Concentremo-nos no facto de termos aqui uma boa equipa, com hipóteses de vencer", salientou.
Assumindo-se um "grande fã de Portugal", Becker, vencedor de seis torneios do Grand Slam (Wimbledon em 1985, 1986 e 1989, Open da Austrália em 1991 e 1996, e US Open em 1989) e antigo número um mundial, relembrou que não está no complexo de ténis do Jamor (Oeiras) como ‘capitão' do seu país.
"Estou aqui para tentar ajudar o selecionador e os jogadores. Nos últimos anos, tenho desempenhado o papel de treinador no circuito, tenho uma boa perceção de que os jogadores têm de jogar para vencer. Temos tido boas conversas. Ajudo naquilo que posso", reforçou o ex-treinador do sérvio Novak Djokovic.
O ‘play-off' de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis decorre entre sexta-feira e domingo, no ‘Centralito', o mais emblemático dos ‘courts' de terra batida do complexo de ténis do Jamor (Oeiras).
A seleção portuguesa, que pode fazer história para o ténis nacional ao chegar, pela primeira vez, ao Grupo Mundial, é capitaneada por Nuno Marques e composta por João Sousa, Pedro Sousa, Gastão Elias (148.º) e João Domingues (184.º).
A formação da Alemanha, que é orientada por Michael Kohlmann, é integrada por Jan-Lennard Struff (54.º), Cedrik-Marcel Stebe (90.º), Yannick Hanfmann (136.º) e Tim Puetz (380.º).
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