O tenista espanhol Carlos Alcaraz revalidou hoje o título de Wimbledon, ao bater na final o sérvio Novak Djokovic, conquistando o quarto ‘major’ da carreira no All England Club, onde recebeu o troféu das mãos da Princesa Kate Middleton.
Numa final um tanto surpreendente, atendendo ao domínio quase total do jovem de Múrcia, o sérvio, sete vezes campeão do terceiro ‘major’ da temporada, mostrou-se a um nível muito abaixo do seu habitual e acabou derrotado pelos parciais de 6-2, 6-2 e 7-6 (7-4).
Ao contrário da final de 2023, também disputada pelos dois jogadores, mas em cinco sets ao longo de cerca de quatro horas, o número três mundial subjugou totalmente o tenista de Belgrado, de 37 anos, nos dois primeiros parciais, com duas quebras de serviço sem resposta.
A servir muito bem e a beneficiar do pouco habitual desacerto de ‘Djoko’, que procurava igualar o recorde de oito títulos de Roger Federer e ampliar o seu recorde de títulos do Grand Slam (tem 24), Alcaraz só sentiu algumas dificuldades no terceiro set, quando o adversário, ex-número um mundial e atualmente na segunda posição, conseguiu entrar um pouco mais no jogo e elevar o nível do seu ténis.
Depois de passar para a frente no marcador no nono jogo (5-4), o murciano tremeu, pela primeira vez, quando serviu para encerrar o duelo: desperdiçou três ‘match points’ e Djokovic empurrou o terceiro sete para o ‘tie-break’, ganhando um novo fôlego.
À quarta oportunidade, o espanhol não cedeu e, após o adversário colocar a bola na rede na resposta ao seu serviço, festejou a conquista do quarto título do Grand Slam, em quatro finais disputadas, graças aos 42 ‘winners’ e 24 erros não forçados face aos 26 pontos ganhantes e 25 erros não provocados do opositor.
‘Carlitos’ recebeu o troféu das mãos da Princesa de Gales, Kate Middleton, patrona do All England Club, que surgiu publicamente apenas pela segunda vez este ano, desde que foi anunciado que enfrenta um cancro.
O também campeão do Open dos Estados Unidos de 2022 tornou-se assim, aos 21 anos, no quarto campeão mais jovem do Grand Slam londrino, após Boris Becker, Bjorn Borg e Mats Wilander, e no sexto tenista a alcançar a ‘dobradinha’ Roland Garros-Wimbledon na Era Open, seguindo as pisadas de Rod Laver (1969), Borg (1978, 1979 e 1880), Rafael Nadal (2008 e 2010), Roger Federer (2009) e Novak Djokovic (2021).
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