O tenista espanhol Carlos Alcaraz conquistou hoje Wimbledon, ao vencer na final Novak Djokovic, privando o sérvio de mais glória e exorcizando os ‘fantasmas’ que pairavam sobre si desde a derrota sofrida em Roland Garros.
O líder do ranking mundial – que continuará a deter esse estatuto – bateu Djokovic, número dois da hierarquia e vencedor das quatro edições anteriores do Grand Slam inglês em piso de relva, pelos parciais de 1-6, 7-6 (8-6), 6-1, 3-6 e 6-4, após quatro horas e 46 minutos de confronto.
Ao primeiro título conquistado por Alcaraz em Wimbledon, após cinco sets intensos, contrapõe-se a imensidão de registos estatísticos favoráveis a Djokovic que conheceram um fim abrupto e a impossibilidade de o sérvio igualar o recorde de oito títulos em Londres, na posse do suíço Roger Federer.
Djokovic terá de se resignar com os sete troféus conquistados (2011, 2014, 2015, 2018, 2019, 2021 e 2022), de um total de 23 Grand Slam, um recorde no setor masculino, mas não absoluto, uma vez que hoje falhou também a possibilidade de igualar esse máximo, de 24 títulos, pertencente à australiana Margaret Court.
“É um sonho que se torna realidade... É fantástico ter vencido, mas, mesmo que tivesse perdido, continuaria orgulhoso por ter jogado esta final contra uma lenda da modalidade”, assinalou Alcaraz, enquanto Djokovic não escondeu a surpresa pela “incrível qualidade de jogo” do adversário na relva.
‘Djoko’ não perdia no ‘court’ central de Wimbledon há 10 anos, quando foi batido na final de 2013 pelo britânico Andy Murray, e estava invicto no ‘major’ londrino desde que ‘caiu’ nos quartos de final da edição de 2017, tendo alcançado, desde então, 34 vitórias consecutivas.
O triunfo no terceiro Grand Slam de 2023 permitiu a Alcaraz conquistar o segundo grande título da carreira, após o Open dos Estados Unidos, em 2022, e apagar a imagem de fragilidade deixada nas meias-finais de Ronald Garros, quando foi batido por Djokovic, ‘arrastando-se’ nos últimos dois sets (6-1), devido a cãibras.
A história parecia repetir-se quando o sérvio ganhou hoje o primeiro parcial pela mesma margem (6-1), mas a vitória no ‘tie-break’ do segundo representou um ponto de viragem no encontro, confirmada com o triunfo concludente do talentoso espanhol, de 20 anos, no terceiro set, também por 6-1.
Djokovic recompôs-se no quarto parcial e conseguiu levar o encontro para o quinto e decisivo set, no qual Alcaraz contrapôs a audácia à experiência e, com apenas uma quebra de serviço, fechou o encontro a seu favor no primeiro ‘match point’ que dispôs.
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