O tenista espanhol Carlos Alcaraz, número três mundial, mostrou hoje estar recuperado da lesão no braço direito na vitória sobre o norte-americano J. J. Wolf, na primeira ronda de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada.

Numa jornada inaugural sem surpresas, o jovem tenista de Múrcia, de 21 anos, regressou aos ‘courts’ na terra batida de Paris, depois de mais de três semanas ausente da competição, sem dar sinais de limitações no antebraço e com um triunfo diante do ‘lucky loser’ Wolf (170.º ATP), por 6-1, 6-2 e 6-1, em uma hora e 51 minutos.

“Estou mesmo feliz por estar de volta, por estar de volta a Paris e por estar a competir de novo. Foi um mês realmente muito difícil para mim. Adoro competir, adoro jogar ténis e ficar longe de tudo isso foi doloroso. Tentei de tudo para estar a 100% em Paris, para mostrar o meu melhor ténis e acho que fiz isso hoje”, disse o semifinalista de 2023, na entrevista no court Philippe-Chatrier.

Depois de falhar o Masters 1.000 de Monte Carlo, o ATP 500 de Barcelona e o Masters 1.000 de Roma, Alcaraz diz ter feito uma boa preparação em terra batida e não precisar de muitos encontros para ficar a 100%, tendo duelo marcado na segunda ronda com o neerlandês Jesper De Jong, que bateu o britânico Jack Draper pelos parciais de 7-5, 6-4, 6-7 (3-7), 3-6 e 6-3.

Assim como Alcaraz, o russo Andrey Rublev, sexto cabeça de série, também regressou ao torneio francês com um triunfo, mas mais suado e, no caso, frente ao japonês Taro Daniel (80.º ATP), cedendo um set num encontro decidido por 6-2, 6-7 (3-7), 6-3 e 7-5, ao cabo de três horas e 11 minutos.

Mais complicada foi a tarefa do polaco Hubert Hurkacz, oitavo pré-designado, para confirmar o favoritismo sobre o ‘qualifier’ nipónico Shintaro Mochizuki, que só cedeu ao fim de cinco parciais, por 4-6, 6-3, 3-6, 6-0 e 6-3, e de duas horas e 58 minutos.

Tal como o polaco, que vai medir forças agora com o norte-americano Brandon Nakashima, o búlgaro Grigor Dimitrov, 10.º cabeça de série, também 'carimbou' a qualificação para a segunda ronda em Paris, graças ao triunfo fácil ante Aleksandar Kovacevic, por 6-4, 6-3 e 6-4.

A fechar a jornada na catedral da terra batida, o veterano suíço Stan Wawrinka, de 39 anos, campeão de Roland Garros em 2015, eliminou o escocês Andy Murray, dois anos mais novo e detentor de três títulos do Grand Slam (Wimbledon, em 2013 e 2016, e Open dos Estados Unidos, em 2012), em três sucessivos parciais, por 6-4, 6-4 e 6-2.

Na competição feminina, a japonesa Naomi Osaka, detentora de quatro títulos do Grand Slam (Open da Austrália, em 2019 e 2021, e Open dos Estados Unidos, em 2018 e 2020), derrotou a italiana Lucia Bronzetti, por 6-1, 4-6 e 7-5, e a letã Jelena Ostapenko, nona cabeça de série, precisou de apenas dois sets, por 6-4 e 7-5, para superar a romena Jaqueline Cristian.

Já a checa Barbora Krejcikova (26.ª WTA), campeã de Roland Garros em 2021, foi eliminada pelo terceiro ano consecutivo na ronda de abertura do major francês, desta vez pela suíça Viktorija Golubic (76.ª WTA), pelos parciais de 7-6 (7-3) e 6-4.