O vencedor do Meo Rip Curl Pro Portugal, o brasileiro Gabriel Medina, confessou hoje que chegou "diferente e deixou de fazer várias coisas" para vencer a etapa portuguesa frente ao surfista australiano Julian Wilson.
No derradeiro ‘heat’ da 10.º e penúltima prova do circuito mundial houve reedição da final de 2012, na altura ganha por Wilson, mas com história diferente 2017, acabando por cair para o lado do agora segundo classificado do ‘ranking’, depois de amealhar um total de 13,26 pontos (6,93 e 6,33), contra os 10,94 (4,67 e 6,27).
"Eu estava confiante nas minhas esperanças. Esta é uma onda que eu gosto, mas também já tive algumas dificuldades nos anos passados. Em 2012 foi a vez que cheguei mais perto e sabia que tinha potencial para ganhar uma etapa destas", começou por contar, acrescentando: "Trabalhei muito, foquei-me, deixei de fazer várias coisas e fui recompensado. Este ano vim diferente e com pranchas boas. Isso deu-me uma confiança extra".
Com uma final de 35 minutos verdadeiramente eletrizante e várias trocas de posição, Gabriel Medina parecia não ter hipóteses de vencer, contudo o campeão do mundo em 2014 "sabia que iria ter onda para virar a bateria" nos últimos dois minutos para infelicidade de Julian Wilson.
Gabriel reconheceu também, após a primeira vitória na praia dos Supertubos, o carinho que recebeu do público e não escondeu a felicidade de competir na sua “segunda casa”.
"[Portugal] É a minha segunda casa, sinto-me bastante confortável e, ainda mais, com a minha família. Obrigada pelo apoio a semana toda. Fico muito grato e estou muito feliz. Graças a deus ganhei mais uma [etapa] e agora vou para Pipe [última etapa do circuito]", disse.
Depois da vitória em França e em Portugal, Medina já pensa na luta pelo título no Billabong Pipe Masters, no Hawai, depois de o havaiano John John Florence, atual líder do circuito e campeão mundial, ter desperdiçado a oportunidade de voltar a ser campeão nas ondas portuguesas.
"Agora sim, dá para pensar no título e no Havai pode acontecer qualquer coisa. O John John vai surfar em casa, conhece muito bem a onda, mas já fiz uma final lá e sei o que preciso", terminou.
Apesar da eliminação nos quartos de final em Peniche, o havaiano continua na liderança do 'ranking', com 53.350 pontos, mais 3.000 do que o brasileiro Gabriel Medina, segundo classificado, sendo ainda o surfista com melhores cenários para conquistar o título no Havai, entre 08 e 20 de dezembro, numa corrida que conta ainda com o sul-africano Jordy Smith (47.600) e o australiano Julian Wilson (45,200).
John John revalida o título se chegar à final em Pipeline, Medina reconquista o cetro se vencer e o havaiano não passar das meias-finais, enquanto Jordy Smith e Julian Wilson ainda têm hipóteses de vencer o circuito, que passam praticamente pela vitória no Havai e a eliminação dos dois primeiros antes dos quartos de final.
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