Os atuais líderes do 'ranking' mundial masculino e feminino de surf, o brasileiro Gabriel Medina e a havaiana Carissa Moore, respetivamente, podem voltar a sagrar-se campeões do mundo na Praia dos Supertubos, em Peniche.
"Estou feliz de estar de novo aqui em Portugal. Já comi o meu arroz, feijão e picanha. Posso ser campeão [em Peniche], mas quero pensar bateria a bateria e estou focado em ganhar este evento", afirmou hoje Medina, campeão do mundo em título, na conferência de imprensa de lançamento do Meo Rip Curl Pro Portugal realizada em Peniche.
Medina, 25 anos, que é bicampeão mundial (2014 e 2018), destacou que 2019 foi um ano exigente, em termos competitivos, mas que está pronto para dar o seu melhor na 10.ª etapa do circuito mundial, cujo período de espera arranca na quarta-feira (a primeira chamada está marcada para as 07:30) e se estende até ao dia 28 de outubro.
"O ano foi bem intenso, comecei um pouco devagar, mas, depois, as coisas começaram a dar certo. Todo o evento estou a pensar que estou a começar do zero. Espero que dê tudo certo. Estou feliz de estar com a minha família", assinalou o brasileiro de Maresias, Estado de São Paulo, no Brasil.
Por seu turno, a havaiana Carissa Moore, 27 anos, que já se sagrou campeã do mundo em três ocasiões (2011, 2013 e 2015), também exprimiu a sua alegria por voltar a competir nas ondas dos Supertubos.
"Estou muito feliz por estar de volta. E acho que todas as meninas estão. Garantir já o título em Peniche? Estou a tentar não pensar muito nisso. Estou agradecida por estar nesta posição e vou dar o meu melhor", sublinhou a atual 'camisola dourada' do circuito feminino.
Ambos os surfistas podem sagrar-se já em Peniche campeões do mundo nos segmentos masculino e feminino, sendo que, para que tal acontença, têm que se verificar uma série de pressupostos.
Desde logo, Medina tem que ir à final do campeonato dos Supertubos para ser já coroado campeão. Se vencer a etapa, o também brasileiro Filipe Toledo precisa de fazer um quinto lugar ou melhor, e o também 'canarinho' Ítalo Ferreia tem de alcançar o segundo posto para levar a decisão para a última etapa do ano, no Havai.
Caso Medina fique na segunda posição, Toledo precisa de um nono lugar ou melhor, Ítalo tem de ficar no mínimo em quinto, e o sul-africano Jordy Smith e o norte-americano Kolohe Andino necessitam de obter pelo menos o terceiro lugar na prova para adiar a entrega da taça de campeão mundial.
Certo é que, caso Gabriel Medina fique pelas meias-finais, obtendo assim um terceiro lugar, a decisão do título mundial vai mesmo para o Havai.
Quanto a Carissa Moore, caso a havaiana vença o Meo Rip Curl Pro, a norte-americana Lakey Peterson vai precisar de conquistar o segundo lugar, ou seja, tem que ir à final, para adiar a entrega do título para a última etapa do ano, também no Havai, sendo que os homens vão competir nas ondas de Pipeline, enquanto as mulheres vão surfar em Maui.
Se Moore ficar em segundo, Lakey Peterson vai precisar de obter o terceiro posto e a também norte-americana Caroline Marks tem que vencer Peniche para adiar a entrega do título mundial.
E, se a líder do 'ranking' feminino ficar em terceiro lugar em Peniche, Lakey tem que obter, no mínimo, um quinto lugar, Caroline um segundo posto e a australiana Sally Fitzgibbons tem que vencer em Supertubos, de forma a levar a contenda pelo título para o Havai.
Por fim, caso Carissa Moore seja eliminada antes das meias-finais, a decisão do título mundial vai mesmo ser adiada para o Havai.
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