O brasileiro Gabriel Medina, três vezes campeão do mundo, regressou hoje aos triunfos na Liga Mundial de Surf (WSL), em Margaret River, na Austrália, onde o norte-americano Kelly Slater falhou o ‘cut’ mas foi salvo por um convite.
Medina, campeão mundial em 2014, 2018 e 2021, somou o 17.º triunfo no circuito principal, o primeiro desde 2021, ao bater na final o norte-americano Griffin Colapinto, depois de ter superado os seus compatriotas Filipe Toledo, atual campeão do mundo, e João Chianca, líder do ranking, nos quartos de final e nas meias-finais.
Com este triunfo, Medina subiu ao sétimo lugar da hierarquia mundial, mais perto das cinco posições que dão acesso à final do circuito, ainda atrás do havaiano John John Florence, semifinalista em Margaret River.
Mais abaixo na hierarquia, o brasileiro Samuel Pupo, o norte-americano Nat Young e o australiano Jackson Baker, com 8.735 pontos, foram os primeiros a falhar o ‘cut’ dos 22 primeiros.
Os últimos a serem salvos foram os havaianos Ian Gentil e Seth Moniz e o japonês Kanoa Igarashi, vice-campeão olímpico, com 9.300.
O emblemático Kelly Slater, 11 vezes campeão do mundo, também falhou o ‘cut’, ao não superar a segunda ronda no campeonato australiano, conquistando um total de 7.310 pontos, mas vai manter-se no elenco das próximas etapas do circuito graças a um ‘wild card’.
Aos 22 primeiros do ranking após as cinco primeiras etapas, que já asseguraram uma vaga na edição de 2024 do circuito, vão juntar-se nas próximas competições dois convidados, entre os quais o veterano surfista natural da Florida, de 51 anos, e considerado o melhor surfista de todos os tempos.
“O Kelly Slater poderá conquistar pontos como convidado e vai estar elegível para as finais, onde os cinco melhores vão disputar o título mundial. Os pontos obtidos por Slater também podem servir de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024”, detalhou a WSL, em comunicado.
Para assegurar uma das 18 vagas olímpicas, Slater terá de ser um dos dois melhores norte-americanos no ranking final de 2023.
A francesa Johanne Defay arrecadou também um ‘wild card’ para as últimas etapas do circuito feminino, enquanto o brasileiro Miguel Pupo, que se lesionou na etapa disputada em Peniche, e a costa-riquenha Brisa Hennessy receberam ‘passaportes’ para as edições dos circuitos de 2024.
Na competição feminina em Margaret River, que também chegou hoje ao fim, a havaiana campeã olímpica Carissa Moore foi a vencedora, ao bater na final a australiana Tyler Wright, que, apesar do desaire, subiu ao primeiro lugar do ranking, na primeira competição disputada depois do fim da carreira do seu irmão Owen Wright, bronze em Tóquio2020.
Teresa Bonvalot, que já assegurou uma vaga olímpica para Portugal, ocupa o 17.º lugar, depois de ter substituído nas três primeiras etapa Defay, 18.ª.
A próxima etapa dos circuitos vai ser disputada entre 27 e 28 de maio, em Lemoore, nos Estados Unidos, na piscina de ondas idealizada por Kelly Slater.
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