A seleção portuguesa de râguebi vai entrar em campo contra as Fiji, para o seu último jogo no Mundial França2023, com a “mesma vontade” do que no primeiro jogo na competição, afirmou hoje o treinador adjunto João Mirra.
O objetivo, assumiu o assistente de Patrice Lagisquet, em conferência de imprensa no Parc de Sports de Perpignan, é conseguir a primeira vitória no Mundial, “objetivo que ainda não foi conseguido”.
“Dissemos que vínhamos à procura de uma vitória, já estivemos perto, mas a verdade é que ainda não a conquistámos. Preferimos ganhar e não ter tantos elogios, do que perder e levar palmadas nas costas. Por isso, queremos ganhar e vamos abordar este último jogo nesse sentido”, assumiu o treinador.
Para isso, a seleção portuguesa de râguebi tem de encontrar um equilíbrio entre a "anarquia" que vai tentar lançar no jogo e a sua própria "organização coletiva", explicou.
Mirra admitiu, no entanto, que o encontro vai ser “um espetáculo divertido” pela forma como “ambas as equipas se entregam ao jogo e arriscam”, mas frisou que Portugal “não pode perder o controlo” dentro dessa “pseudoanarquia“ que pretende lançar no relvado.
“Em termos de organização defensiva, queremos levar a que do outro lado haja uma anarquia, mas não podemos ir atrás disso. É esse equilíbrio que temos tentado encontrar, umas vezes conseguimos, outras não”, definiu João Mirra.
A título de exemplo, o técnico recordou o “fim do jogo com a Austrália” que teve “três ou quatro ‘turnovers’, de bola para um lado e para o outro”, no qual “podíamos marcar, mas também podíamos sofrer”.
“Como espetadores, gostamos de ver isso, mas como treinadores, não. Queremos não perder esse controlo. Mesmo estando a sofrer, não podemos perder o controlo do jogo e isso tem mais a ver com o que nós fazemos do que com o que o adversário está a fazer”, apontou.
Até porque, acrescentou o talonador Duarte Diniz, Portugal não quer sair do Mundial com o epíteto de “melhores perdedores”.
“Estamos orgulhosos com o que temos posto em campo, mas não podemos estar satisfeitos. É esse o sentimento que partilhamos enquanto equipa. Falta um jogo, que não é o último, é mais um desta competição, por isso vamos com toda a nossa confiança, tentar impor o nosso râguebi”, atirou o jogador do Direito, que se estreou no França2023 frente aos ‘wallabies’.
Quem também somou os primeiros minutos na competição foi o defesa Manuel Cardoso Pinto, que é um dos ‘candidatos’ a ocupar a vaga de Nuno Sousa Guedes, que fraturou um osso do pulso esquerdo no último encontro e é ‘baixa’ para o encontro com as Fiji.
“Não podemos esquecer também o Simão Bento, que ainda não jogou, mas tem feito uma preparação espetacular. É uma pena o Nuno [Sousa Guedes] ter-se magoado, ele tem feito uma grande campanha e é um espetáculo vê-lo a jogar, mas se a minha oportunidade surgir, vou agarrá-la com tudo”, avançou o jogador da Agronomia.
A seleção portuguesa de râguebi defronta as Fiji no domingo, às 20:00 (hora de Lisboa), em Toulouse, em partida da quinta e última jornada do Grupo C do Campeonato do Mundo França2023.
Portugal ocupa o último lugar do grupo, com dois pontos, após perder com o País de Gales (28-8), na estreia na competição, empatar com a Geórgia (18-18) na terceira jornada e perder com a Austrália (34-14) no domingo.
O Mundial de França2023 teve início em 08 de setembro e disputa-se até 28 de outubro.
Comentários