Na prova dos 1.500 metros livres masculinos, que abriu a sessão diária de finais, José Lopes, do Sporting de Braga, melhorou o máximo que já lhe pertencia, ao gastar 14.48,89 minutos para retirar quase um segundo à marca de 14.49,86 estabelecida em 06 de dezembro, nos Europeus de Glasgow, na Escócia.
"Depois do máximo nos 800 livres [com 7.42,14 minutos, na sexta-feira], a estratégia passava por recuperar fisicamente para controlar e terminar forte. Na segunda parte percebi que estava perto do limite para recorde e dei tudo para lá chegar", analisou.
Alexis Santos, do Sporting, brilhou nos 50 metros bruços com 27,12 segundos, destronando a façanha de 27,16 que estava na posse de Carlos Almeida, da Escola São João de Brito, há cinco anos, após ter igualado no sábado a melhor marca dos 50 costas.
"Não me passava pela cabeça bater este recorde, mas sinto-me bem. Quando assim acontece, o objetivo é sempre melhorar e, se possível, chegar aos recordes nacionais", enalteceu o nadador integrado no projeto olímpico Tóquio2020 e o mais bem-sucedido no evento, com cinco ouros arrecadados noutras tantas provas.
Na vertente feminina, Rafaela Azevedo, do Algés e Dafundo, voltou a renovar a melhor marca nacional dos 100 metros costas, cronometrando 58,65 segundos para retirar quase um segundo aos 59,61 alcançados em junho.
"Não tinha previsto retirar tanto tempo ao recorde. Estou muito feliz porque melhorei também nos 50 costas [27,45] e com recorde na estafeta de 4x50 estilos [1.53,11 minutos]. O objetivo para 2020 é tentar superar-me cada vez mais", apontou.
Ana Pinho Rodrigues, da Sanjoanense, também aperfeiçoou o próprio máximo nos 100 metros estilos, ao anotar 1.01,58 minutos, retirando 25 centésimas aos 1.01,83 obtidos no mesmo local em 2018, dois dias após o triunfo nos 100 livres, com 54,66 segundos.
"Vitória e recorde, missão cumprida. Mostrei que tenho obtido resultados consistentes, pois igualei os recordes e os títulos do ano passado também em Felgueiras. Estou satisfeita e focada em continuar a melhorar na próxima temporada", exaltou a atleta mais galardoada em Felgueiras, graças a quatro ouros e um bronze em cinco finais.
Quanto à presença nos Mundiais em piscina curta, agendados para Abu Dhabi, em dezembro de 2020, asseguraram mínimos Alexis Santos (200 estilos), do Sporting, Ana Catarina Monteiro (200 mariposa), do Fluvial Vilacondense, Diana Durães (400 e 800 livres) e Victoria Kaminskaya (200 bruços), ambas do Benfica, bem como José Lopes (1.500 livres) e Tamila Holub (800 livres), do Sporting de Braga.
Ao longo dos três dias foram renovados oito máximos de natação adaptada, por Susana Veiga (50 metros livres, 100 livres e 400 livres femininos), Gino Caetano (50 e 100 livres masculinos), Miguel Cruz (800 e 1.500 livres) e Tiago Neves (100 mariposa), que participaram em extracompetição.
Mariana Cunha (Colégio Efanor) fixou o único recorde do dia em juniores 16, percorrendo os 100 metros estilos em 1.03,25 minutos, juntando às façanhas anteriores nos 50 e 100 mariposa, que foram acompanhadas de mais sete novos máximos naquele escalão.
Reunindo todas as categorias em termos coletivos, o Sporting foi o emblema mais premiado, com 35 medalhas (13 de ouro, 11 de prata e 11 de bronze), à frente do Algés e Dafundo, segundo colocado, com 19 metais, e do Benfica, na terceira posição, com 18.
Os Campeonatos Nacionais de juniores e seniores em piscina curta, a mais importante competição da temporada de inverno, decorreram ao longo de três dias nas Piscinas Municipais de Felgueiras, reunindo 443 nadadores de 86 clubes.
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