A Federação Portuguesa de Natação (FPN) considerou hoje que os mínimos de acesso para os Jogos Olímpicos Paris2024, divulgados na terça-feira, permitirão à natação pura lusa repetir o contingente de sete atletas que representou o país em Tóquio.

“Numa perspetiva realista, achamos que temos condições repetir o mesmo que tivemos em Tóquio na natação pura, que foram sete atletas”, disse José Machado, diretor desportivo da FPN, à agência Lusa.

José Machado admitiu que a equipa técnica da FPN “já estava à espera” dos mínimos de acesso divulgados na terça-feira pela Federação Internacional de Natação (FINA), pelo que já tinha informado os treinadores envolvidos e feito uma publicação sobre o assunto.

“No plano de alto rendimento da federação, os mínimos batem certos com os que foram divulgados. A FINA tem um padrão de elaboração dos mínimos que tem sido constante ao longo destes últimos ciclos olímpicos, que é colocar como mínimo a marca obtida pelo 14.º classificado dos Jogos Olímpicos anteriores”, referiu.

José Machado explica que o método utilizado pela FINA “é já um padrão desde os Jogos Londres2012” e acrescenta: “Os mínimos não foram surpresa, eram esperados”.

De acordo com o diretor desportivo da FPN, o projeto de preparação olímpica tem atualmente oito nadadores, quatro dos quais estiveram nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

“Após os últimos nacionais, entraram no projeto João Costa, Miguel Nascimento, Diogo Ribeiro, Camila Rebelo e Francisco Santos, que se juntaram a Ana Catarina Monteiro, Gabriel Lopes e Diana Durães, que já entraram em 2021”, referiu.

José Machado lembra, no entanto, que ainda estão fora do projeto nadadores olímpicos como José Lopes, Tamila Holub e Alexis Santos.

“Neste ciclo a base de atletas qualificados é mais do que no ciclo anterior. Há quatro anos, não tínhamos 10 ou 11 nadadores com potencial para chegar ao mínimo olímpicos e conseguimos sete. Por isso acredito que nestas condições pelo menos os sete nós vamos conseguir”, disse.