A nadadora portuguesa Ana Catarina Monteiro, sexta classificada na final dos 200 metros mariposa dos Mundiais de piscina curta, com recorde nacional, em Hangzhou, na China, disse hoje que a “superação marcou o dia”.
“Estou muito feliz só pelo facto de ter participado. Claro que o primeiro recorde nacional e um lugar na final e depois o segundo recorde com um sexto lugar na final deixam-me com uma alegria indescritível”, referiu a nadadora, admitindo que apesar do resultado não se sentia a 100%.
Ana Catarina Monteiro, que terminou a prova a 4,14 segundos da vencedora, a húngara Katinka Hosszu, fixou o novo máximo de Portugal em 2.05,74 minutos, superando por larga margem o recorde que tinha estabelecido nas eliminatórias realizadas durante a manhã, com o tempo de 2.06,49 minutos.
“Os recordes estavam nos meus planos até porque treino todos os dias com esse objetivo. Estes resultados motivam-me para continuar a traçar os objetivos que são os Jogos Olímpicos”, referiu nadadora, que chegou a admitir não participar devido a problemas com a adaptação à comida.
A nadadora do Fluvial Vilacondense chegou à final com o oitavo tempo das eliminatórias, depois de ter terminado no quarto lugar da sua série e superado o recorde de Portugal que vigorava à partida para a China, de 2.07,62 minutos, que lhe pertencia desde 15 de abril de 2018.
“Eu e o meu treinador, Fábio Pereira, temos tudo bem pensado, mas vamos superando um objetivo de cada vez. Ainda vou nadar os 100 metros mariposa, uma prova muito rápida para mim, e o recorde [português] é o objetivo”, explicou.
A jornada ficou ainda marcada pelo recorde nacional de Miguel Nascimento nos 200 metros livres (1.43,76 minutos), depois do nadador do Benfica ter fixado na véspera novo máximo nos 100 livres (47,61 segundos), no primeiro percurso da estafeta de 4x100 livres, na qual também foi superado o máximo nacional.
“Os 200 livres foram um pouco surpreendentes pela positiva. Competi na pista da ponta, o que dificulta a observação dos adversários mais diretos. Acabei por gerir a prova por mim e procurar arrancar nos terceiros 50 metros como havia combinado com o meu treinador”, disse Miguel Nascimento.
O nadador manifestou-se satisfeito com o resultado obtido num grande evento internacional e disse que vai agora descansar para os 50 metros livres e as estafetas.
“O estágio que realizámos em Macau antes do Mundial foi fundamental, porque nos permitiu uma adaptação ao fuso horário, que é de oito horas, mas que nos leva ainda a contrariar o relógio biológico”, observou o nadador do Benfica.
Ainda na segunda jornada do Mundial de piscina curta, que decorre até domingo, Tamila Holub obteve o 12.º tempo nos 800 metros livres, entre 30 nadadoras, com recorde pessoal (8.29,58 minutos), ao vencer a segunda série, seguida de Diana Durães, 13.ª classificada, com 8.30,12.
Comentários