O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN) elogiou hoje o feito de Diogo Ribeiro, que conquistou a primeira medalha de sempre para Portugal em Mundiais, símbolo de um “trabalho sistemático” na modalidade e de ser um “atleta excecional”.
“Acredito que o Diogo trará grandes conquistas, não só em Europeus e Mundiais, como já se verificou, mas também nos Jogos Olímpicos. Estamos perante um atleta excecional”, vaticina António José Silva, em entrevista à agência Lusa.
O nadador do Benfica, de apenas 18 anos e recordista mundial júnior da distância, nadou a final dos 50 metros mariposa em 22,80 segundos, novo recorde nacional, terminando apenas atrás do italiano Thomas Ceccon (22,68) e imediatamente à frente do francês Maxime Grousset (22,82), terceiro.
Diogo Ribeiro, que se estreia em Mundiais sénior em Fukuoka, no Japão, deu a primeira medalha de sempre a Portugal, melhorando o quinto lugar de Alexandre Yokochi nos 200 metros bruços em Madrid1986, sendo que Ana Barros, oitava nos 50 costas em Perth1991, tinha sido a outra finalista lusa em Mundiais.
Para o presidente da FPN, a um “nadador com talento” que teve “condições de enquadramento técnico únicas que lhe permitiram atingir este objetivo, por todos esperado”, juntou-se uma estratégia federativa.
“Vejo [o resultado] como uma consequência inevitável do trabalho sistemático que tem vindo a ser desenvolvido pela FPN e a sua visão estratégica no desenvolvimento da natação portuguesa. (...) Nada melhor que estes Mundiais, em ano pré-olímpico, para afirmar a qualidade do nadador e da nossa natação”, declara.
A este jovem “em processo de formação e maturação” juntam-se outros talentos, como João Costa, que também hoje se apurou para Paris2024, juntando-se a Diogo Ribeiro, Miguel Nascimento e Camila Rebelo no lote de apurados.
O atleta dos 100 metros costas é “um trabalhador incansável” que deixa “todos felizes”, até porque enfrentou “mínimos de referência dificílimos”, noutro ponto de alegria em Fukuoka.
“Os resultados não são fruto do acaso, nem só do talento dos nadadores, mas de um trabalho programado e sistemático, e visão estratégica da natação portuguesa. É preciso acrescentar também o quarto lugar da angélica André [na prova de cinco quilómetros das águas abertas], a final do dueto técnico [Cheila Vieira e Martia Beatriz Gonçalves] na natação artística, resultados que permitem verificar que isto é fruto de trabalho sistemático”, reflete.
Quanto a Diogo Ribeiro, que também é um dos três medalhados da história de Portugal em Europeus de natação pura, o processo de evolução “tem altos e baixos”, como para qualquer atleta, mas o finalista mais jovem dos que alinharam nos 50 metros mariposa “tem muito para evoluir”.
“Tem muito para poder proporcionar ao desporto nacional grandes conquistas como um grande campeão como ele pode proporcionar”, elogia António José Silva.
Os Mundiais de natação decorrem até domingo em Fukuoka, no Japão.
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