O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), António José Silva, considerou hoje que o adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 para 2021, devido à pandemia de Covid-19, “veio confirmar o que já era esperado, dadas as atuais circunstâncias”.
“A forma rápida como foi tomada a decisão do adiamento reflete a preocupação do Comité Olímpico Internacional e do comité organizador na defesa intransigente do que é o movimento olímpico e os seus valores”, referiu à agência Lusa António José Silva.
A confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 surgiu hoje, após a pressão de vários organismos e instituições, através de um comunicado conjunto do Comité Olímpico Internacional (COI) e do Comité Organizador dos Jogos.
A decisão do adiamento, de acordo com o COI e o Comité Organizador foi tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional”.
António José Silva alerta agora, “face à nova calendarização, que provavelmente irá estender o ciclo olímpico de quatro para cinco anos”, para a necessidade de o Comité Olímpico de Portugal (COP) e o Estado “renegociarem os contratos-programa que terminam em julho”.
“Há uma nova reprogramação da preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos em 2021, a nível logístico, técnico e financeiro”, sublinha António José Silva acrescentando que o quadro de financiamento tem de ser alargado pelo Estado.
O presidente da FPN disse que “o adiamento foi a decisão mais certa a tomar”, embora reconheça que “não será fácil encontrar uma janela temporal para a sua realização, sem sobreposição das datas das competições nacionais e internacionais das 33 modalidades que competem nos Jogos”.
Em termos de apuramento para os Jogos, a natação portuguesa conta já com cinco atletas com mínimos e dispõe de seis vagas de qualificação para a vertente artística e águas abertas. Quatro nadadores estão também muito perto de conseguir a presença em Tóquio.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 30 mortos e 2362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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