Portugal recebe pela segunda vez, em Albufeira, um campeonato mundial de natação adaptada e natação artística para pessoas com Síndrome de Down, evento que juntará cerca de 200 atletas, entre os quais 10 lusos, de 24 países.

Entre segunda-feira e 22 de outubro, nas Piscinas Municipais de Albufeira, que já foram palco da competição em 2008, os atletas vão competir divididos em duas classes, consoante o grau da doença, de origem genética e da área da deficiência intelectual.

A competição decorre sob a égide da Organização Internacional de Natação para Síndrome Down (DSISO), criada para proporcionar eventos de cariz competitivo aos nadadores com Síndrome de Down, e decorre de dois em dois anos, desde 2002.

A Associação Nacional de Desporto para Desenvolvimento Intelectual (ANDDI), associada da DSISO, delegou na Federação Portuguesa de Natação (FPN), que tutela a modalidade em termos nacionais, a gestão do evento.

“Organizar esta competição insere-se na política de inclusão da federação. Queremos dar a estes atletas o relevo que merecem, com base na premissa ‘todos iguais, todos diferentes’”, disse à agência Lusa, Rui Sardinha, diretor do evento e vice-presidente da FPN.

Segundo o responsável, a seleção portuguesa, composta por 10 nadadores, parte para a competição “confiante e animada” pelos “resultados de relevo” conseguidos nos últimos Europeus, nos quais conseguiu 31 medalhas.

Com um orçamento de 600.000 euros, o evento é uma organização conjunta da Federação Portuguesa de Natação (FPN), da autarquia local e da DSISO, com o apoio da Associação de Natação do Algarve e da Associação Nacional de Desporto para Desenvolvimento Intelectual (ANDDI).

Em Portugal, a natação adaptada é tutelada pela FPN, e a nível internacional existem diversos organismos que regulam a modalidade, dependendo da deficiência: o World Para Swimming (WPC) para as deficiências motoras, intelectuais, visuais e de paralisia cerebral; o Comité Internacional de Desporto para Surdos (ICSD) para a deficiência auditiva; e a DSISO para os portadores de Síndrome de Down.

Os nadadores competem em classes de deficiência, independentemente da sua idade. As classes são numeradas de um a 10 para as deficiências físicas, 11 a 13 para invisuais ou com severas deficiências de visão, a classe 14 para os portadores de deficiência intelectual, a classe 16 para os transplantados, a classe 17 para os autistas, e os portadores de Síndrome de Down são classificados na classe 21.

Descrita pela primeira vez pelo médico inglês John Langdon Down, em 1866, a Síndrome de Down consiste numa alteração cromossómica, na qual em vez de dois, existem três cromossomas 21.

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